Agência Estado
postado em 31/01/2019 12:36
A construção cortou 121 mil postos de trabalho no período de um ano, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A indústria demitiu outros 141 mil trabalhadores no trimestre encerrado em dezembro de 2018 em relação ao trimestre até dezembro do ano anterior.
Também houve corte de vagas nos serviços domésticos, com 138 mil trabalhadores a menos em um ano, e no comércio, com 82 mil demissões.
O setor de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura dispensou 8 mil empregados.
Na direção oposta, a atividade de Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas - que inclui alguns serviços prestados à indústria - registrou um crescimento de 214 mil vagas em um ano.
Também houve aumento no contingente de trabalhadores de alojamento e alimentação (+148 mil empregados), outros serviços (+255 mil pessoas), administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (+558 mil vagas) e transporte, armazenagem e correio (+198 mil vagas).
O País ganhou mais motoristas de transportes de passageiros que atuam por aplicativo, mais ambulantes que vendem comida nas ruas e mais profissionais de embelezamento, resumiu Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE. Todas essas profissões engrossaram a fileira dos que atuam por conta própria.
No trimestre encerrado em dezembro de 2018, o trabalho por conta própria ganhou a adesão de 650 mil pessoas em relação ao trimestre terminado em dezembro de 2017. Já o emprego sem carteira no setor privado aumentou em 427 mil vagas em um ano. O total de empregadores também cresceu, com 123 mil pessoas a mais nessa condição, mas Azeredo esclarece que são vendedores ambulantes que contratam ajuda para manter a atividade informal.