Economia

Apex vai aumentar sua presença no exterior, diz diretor

É possível redesenhar a Agência de Promoção de Exportações e Investimentos para ampliar a eficiência, garante Márcio Coimbra, diretor de Gestão Corporativa da entidade

Simone Kafruni
postado em 05/02/2019 18:41
Marcos Coimbra foi um dos convidados para o seminário Correio Debate: 'Desafios da Economia em 2019'
O Brasil quer ter uma nova postura na promoção de exportações e na atração de investimentos e, para isso, vai ampliar sua presença no exterior. A afirmação foi feita por Márcio Coimbra, diretor de Gestão Corporativa da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), no painel Importância do Comércio Exterior durante o Correio Debate Desafios da Economia em 2019, realizado nesta terça-feira (5/2) no auditório do jornal.
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[SAIBAMAIS];O país e o mundo passam por um novo momento, de integração. Novos mercados estão sendo abertos. E o Brasil, desde as últimas eleições, quer ter uma nova postura. Isso passa por uma agência de promoção mais robusta e eficiente;, ressaltou Coimbra.

O diretor lembrou que, hoje, faz 16 anos desde a criação da agência. ;A Apex já fez muitas coisas nesse período, mas diante do que se tem visto, agora, podemos fazer muito mais. Vamos trabalhar para ampliar as exportações brasileiras;, destacou.

Segundo ele, a agenda de privatização do novo governo passa pela atração de investimento estrangeiro. ;Nós fazemos apoio à internacionalização das empresas brasileiras, para que elas ganhem mercados. Mas também buscamos investimentos estrangeiros no país;, disse.

A Apex já auxiliou nas exportações de US$ 49,6 bilhões e também fez 283 atendimentos para investimento estrangeiro no Brasil, que somaram US$ 5,7 bilhões em anúncios de aporte de capital internacional.

Conforme Coimbra, a Apex tem apenas nove escritórios no exterior, mas opera em todas os departamentos comerciais do Itamaraty, portanto, está presente em 105 escritórios no mundo. ;Acreditamos que podemos crescer. É possível seguir o exemplo do Canadá, que tem um orçamento menor do que o da Apex, mas está muito mais presente no exterior;, disse.

Há um mês na Apex, Coimbra ressaltou que o órgão precisa de mecanismos de gestão eficiente. ;Para abrir os mercados e conseguir mais investimentos, começamos com ações internas dentro da Apex. Criamos uma gerência de governança e compliance, para maior controle do dinheiro público e para evitar desvios dinheiros;, explicou. O diretor também afirmou que fará uma reestruturação dos escritórios no exterior. ;Vamos ter maior integração com Itamaraty e com os departamentos comerciais;, assinalou.

Coimbra disse, ainda, que a Apex está cumprindo uma recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU), retirando pessoas com cargos em comissão, que eram indicações políticas, e as substituindo por concursados que aguardam ser chamados. ;Vamos acabar com a influência política e deixar um corpo técnico perene que passe por qualquer governo. Os cargos em comissão serão apenas os de gestão. Com isso, esperamos levar a agência a um novo patamar de qualidade;, completou.

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