Beatriz Roscoe*
postado em 11/02/2019 15:05
O Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina registrou melhora pelo segundo trimestre consecutivo, bastante influenciado pelos resultados do Brasil. Embora continue em um patamar desfavorável, passou de -10,7 pontos para -9,1 pontos segundo levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) e do instituto alemão Ifo.
A melhora significativa teve influência dos resultados brasileiros, uma vez que o Indicador das Expectativas (IE) aumentou 240% no Brasil, de 25,9 pontos em outubro para 88 pontos em janeiro. O ICE do Brasil avançou de -33,9 pontos negativos em outubro de 2018 para %2b3,6 pontos em janeiro de 2019, e o Indicador da Situação Atual (ISA) passou de -38,3 pontos para -38,0 pontos no mesmo período. Apesar do Brasil ainda se encontrar na zona desfavorável, o avanço foi significativo.
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O presidente Jair Bolsonaro comemorou no Twitter a melhora dos índices: ;Levantamento da FGV aponta que o Brasil é o país que apresentou maior melhora do clima econômico na América Latina. Saímos de -33,9 em Outubro de 2018 para 3,6 em Janeiro de 2019, um aumento de 240%. Queremos e podemos ainda mais!”.
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Além do Brasil, Argentina, Bolívia apresentaram melhora nos resultados. Nos demais países, houve queda do índice, em especial o México, que caiu de -3,1 para -41,9. O Brasil se encontra na sexta posição entre os 11 países latino-americanos pesquisados, atrás do Paraguai (23,6 pontos), Chile (12,4), Colômbia (8,8) e Peru (5,5) e à frente à frente da Argentina (-30,8), Equador e México (-41,9), Uruguai (-18,9) e Venezuela (-100). Bolívia, Chile, Colômbia, Paraguai e Peru estão na zona favorável, enquanto os outros países se encontram na zona desfavorável.
A Sondagem Econômica da América Latina serve ao monitoramento e antecipação de tendências econômicas, com base em informações prestadas trimestralmente por especialistas nas economias de seus respectivos países. A pesquisa é aplicada com a mesma metodologia - simultaneamente - em todos os países da região, método que permite a construção de um retrato da situação econômica de países e blocos econômicos. Em Janeiro de 2019, foram consultados 138 especialistas econômicos em 15 países da América Latina.