Agência Estado
postado em 12/02/2019 08:47
Jens Weidmann, membro do Conselho Executivo do Banco Central Europeu (BCE) e presidente do Bundesbank (o BC alemão), voltou a criticar hoje a política de relaxamento quantitativo (QE, pela sigla em inglês) do BCE, alertando que as compras de bônus em ampla escala podem prejudicar a independência da instituição.
O comentário de Weidmann sugere uma possível mudança de rumo no BCE caso o alemão suceda o italiano Mario Draghi na presidência da instituição, em novembro. Weidmann é um dos poucos candidatos não oficiais ao cargo, segundo autoridades europeias.
Weidmann, que falou durante discurso em Pretória (África do Sul), ressaltou que os BCs da zona do euro tornaram-se os principais credores de seus governos como resultado do QE, que foi encerrado em dezembro e cujas compras totalizaram 2,5 trilhões de euros (US$ 2,825 trilhões).
Para Weidmann, essa exposição do BCE pode colocar sua independência em dúvida.
"Não somos super-heróis", disse Weidmann. "Nossos poderes são limitados...não podemos impulsionar o crescimento no longo prazo", acrescentou. Com informações da Dow Jones Newswires.