Hamilton Ferrari
postado em 15/02/2019 10:52
Considerado a ;prévia; do Produto Interno Bruto (PIB), o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) mostrou que o país cresceu 1,15% em 2018, na comparação com o ano anterior. Segundo os dados da autoridade monetária, foi o segundo ano consecutivo de taxa positiva. As informações foram divulgadas na manhã desta sexta-feira (15/2).
Apesar disso, o resultado veio pior do que a expectativa do mercado. Segundo o Relatório Focus, divulgado semanalmente com as projeções dos analistas, era esperado um avanço de 1,25% no PIB. A pequena frustração ainda mostra que a economia se recupera de maneira lenta. Em 2017, a expansão oficial, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi de 1%.
O instituto ainda vai divulgar o resultado para o último ano no dia 28 de fevereiro. O país entrou em recessão entre 2015 e 2016, derrubando a produção do país em 3,77% e 3,6%, respectivamente. Mesmo com o declínio forte, o Brasil não conseguiu voltar ao patamar de atividade atingido antes da crise econômica.
As dificuldades ocorrem mesmo com a taxa de Selic no menor nível da história, em 6,5% ao ano, e a inflação abaixo do centro da meta nos últimos dois anos. A principal justificativa é o mercado de trabalho que está desaquecido, com 12,2 milhões de desempregados, segundo o IBGE.
Na avaliação de analistas, falta investimentos, que poderiam ser atraídos com a resolução de problemas nas contas públicas. A principal forma de fazer isso, segundo eles, é por meio da reforma da Previdência, que possibilita diminuir os gastos obrigatórios e evitar a expansão da dívida pública.