Agência Estado
postado em 19/02/2019 09:52
O dólar perdeu força e registrou mínima em R$ 3,7225 (-0,32%) na manhã desta terça-feira, 19, após ter iniciado a sessão em alta no mercado doméstico e registrado máxima em R$ 3,7450 (+0,28%).
Os agentes do mercado ajustam posições no fato, ou seja, a confirmação da queda de Gustavo Bebianno da Secretaria-Geral da Presidência, após o dólar ter subido na segunda-feira com a indefinição sobre a situação do então ministro, que só teve um desfecho no período da noite.
Apesar da incerteza sobre eventual impacto da queda de Gustavo Bebianno do governo Bolsonaro no andamento da reforma da Previdência no Congresso, investidores dão como certa a aprovação da proposta, que será levada à Câmara na quarta-feira pelo próprio presidente, Jair Bolsonaro.
Nesta terça, o projeto anticrime será apresentado aos parlamentares.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, deve testar o apoio à reforma e incluiu na pauta de votação desta terça-feira o projeto de securitização de dívidas, que permite à União, Estados e municípios cederem créditos de dívidas a receber.
A iniciativa integra o pacote de cinco medidas de socorro aos Estados que Maia articula em troca de apoio das bancadas estaduais à reforma. A votação do projeto de securitização exige quórum de 257 votos favoráveis para ser aprovado, enquanto a PEC precisa de 308 votos, em dois turnos.
A queda ante o real está na contramão do dólar forte no exterior. Por isso, não está descarata eventual nova subida das cotações ao longo da sessão. Lá fora, o dólar se fortalece com investidores à espera de mais uma rodada de negociações comerciais entre Estados Unidos e China, que começa nesta terça em Washington e se estende até sexta-feira, e à medida que os mercados americanos voltam a operar após o feriado de ontem nos EUA, segundo analistas do BBH.
Às 9h33, o dólar à vista estava em baixa de 0,27%, a R$ 3,7250. O dólar futuro para março recuava 0,25%, a R$ 3,7260.