Economia

No Senado, Bruno Serra Fernandes defende política monetária estimulativa

Indicado para a diretoria de Política Monetária do Banco Central (BC), economista participa de sabatina

Hamilton Ferrari
postado em 26/02/2019 12:11
À mesa, em pronunciamento, indicado para exercer o cargo de diretor do Banco Central do Brasil, Bruno Serra Fernandes
Indicado para a diretoria de Política Monetária do Banco Central (BC), o economista Bruno Serra Fernandes, disse que reforma fiscal que reverta a trajetória do endividamento público, será capaz de elevar a confiança dos agentes econômicos, reduzindo os riscos de uma parada brusca nos investimentos. O discurso ocorreu na manhã desta terça-feira (26/2) durante sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) na Casa Legislativa.

Bruno Serra Fernandes é economista formado pelo Ibmec, com mestrado em Economia pela USP. Trabalhou no Itaú Unibanco. ;Mais do que uma preocupação com o estoque de dívida pública, em suas várias medidas, e de como reduzi-la de forma rápida, é premente a sinalização de contenção dos déficits correntes e de melhora no perfil de destinação dos gastos públicos. Assim, serão oferecidas as condições para que a política monetária siga no campo estimulativo, com foco nas metas de inflação definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN);, destacou.

De acordo com ele, os cenários econômicos brasileiro e mundial estão em momento desafiador, e que será preciso uma política monetária, cambial e regulatória que resultem em inflação baixa e estável.

Assim como o indicado para a presidência do Banco Central, o economista Roberto Campos Neto, Bruno Serra Fernandes também elogiou a gestão de Ilan Goldfajn, que assumiu a autoridade monetária em meados de 2016.

Segundo ele, alguns dos nossos principais parceiros comerciais do Brasil vêm apresentando sinais de enfraquecimento em seu crescimento. ;Esse enfraquecimento pode ainda ser agravado por disputas comerciais vigentes entre algumas dessas economias. Esse cenário de risco apresenta também potencial redução de demanda, e preço, de matérias primas comercializadas internacionalmente, por países emergentes como o Brasil;, destacou Serra Fernandes.

Ele apontou que o estoque de US$ 380 bilhões em reservas internacionais dá segurança adequada para suavizar os impactos de eventual deterioração da liquidez internacional. ;Em relação ao cenário econômico brasileiro, saímos da maior e mais longa recessão de nossa história e entramos em um processo de recuperação resiliente, mas que tem se mostrado até o momento também bastante gradual;, explicou Serra Fernandes.

O economista apontou que a inflação se encontra em níveis condizentes com as metas fixadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Assim como a taxa básica de juros, que está no menor patamar da história, em 6,5% ao ano.

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