Economia

Guedes reúne-se com Alcolumbre e Maia para tratar da reforma da Previdência

Encontro ocorreu nesta tarde, na Residência Oficial da Câmara, e contou com a presença da líder do governo, Joice Hasselman

Gabriel Ponte*
postado em 27/02/2019 18:21
Davi Alcolumbre e Paulo Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, reuniu-se, na tarde desta quarta-feira (27/2), na Residência Oficial da Câmara dos Deputados, com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e a líder do governo no Congresso, Joice Hasselman (PSL-SP), para discutir eventuais mudanças no texto da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da reforma da Previdência, que foi apresentada na quarta-feira passada. A tramitação do projeto também foi outro assunto abordado. Estava também no encontro o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), apontado como um dos favoritos a ser relator da reforma na Câmara.

[SAIBAMAIS]Na saída do encontro, Joice falou com os jornalistas. "O ministro (Paulo Guedes) disse que não está fechado para a discussão do texto, mas não dá para aprovar uma reforma pela metade, ;manca;. Precisamos de uma aprovação de uma reforma de trilhão. Por isso, estamos aqui, reunidos com os chefes dos poderes, para ouvir, construir, mas não podemos desconstruir a espinha dorsal da reforma", frisou.

A deputada ainda afirmou que o almoço se tratou de um primeiro encontro acerca da ;construção; do texto. "A CCJ será instalada depois do carnaval", garantiu. Questionada sobre o envio do texto em relação aos militares, Joice disse que a decisão será em conjunto. "Há uma demanda (de congressistas de que o texto só passe a tramitar quando a proposta dos militares for encaminhada) que está sendo discutida. Ainda vamos definir isso em conjunto", explicou.

Em relação à polêmica envolvendo o Benefício de Prestação Contínua (BPC), Joice diz que há um diálogo. "Tirar o BPC é uma frase muito forte. Estamos conversando sobre com Paulo Guedes e o presidente da República. A gente vai dialogar, mas não sabemos se vai flexibilizar, se vai ter outro ponto", ponderou. Por fim, Joice voltou a reforçar que a reforma será um ;primeiro foguete; a ser lançado para, depois, um ;segundo foguete ser lançado;, em alusão à economia dos cofres públicos. "Vai vir um pacote de pautas muito interessantes, questão de pacto federativo. Vai ajudar muito a construção da reforma", concluiu.

Maia disse, na segunda-feira (25/2), que só instalaria a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde ocorre a primeira etapa de tramitação do texto, quando o projeto sobre a aposentadoria dos militares também fosse enviado. Posteriormente, o presidente da Câmara voltou atrás e afirmou que falta discutir, com alguns partidos, como será o desenho da CCJ, que será presidida pelo PSL, partido governista. Agora, o prazo para que a CCJ seja instalada deve ficar para depois do carnaval, possivelmente, na segunda quinzena de março.

* Estagiário sob a supervisão de Roberto Fonseca

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