Hamilton Ferrari
postado em 28/02/2019 09:30
O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,1% em 2018, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ocorreu após a atividade econômica registrar expansão de 0,1% no quarto trimestre do ano, na comparação com os três meses anteriores. Os dados foram divulgados na manhã desta quinta-feira (28/2).
A expansão de 2018 foi a mesma registrada em 2017. Ou seja, a recuperação econômica ocorre, mas de forma ainda lenta. Houve retração de 3,5% e 3,3% no PIB de 2015 e 2016, respectivamente. Na prática, é o segundo ano consecutivo de crescimento da economia.
Segundo o IBGE, o PIB totalizou R$ 6,8 trilhões em 2018, sendo que, per capita, variou 0,3% em termos reais, alcançando R$ 32.747 em 2018.
A taxa de investimento subiu em 2018, passando de 15% em 2017 para 15,8% no ano seguinte. O nível ainda é muito baixo, segundo analistas. O índice de poupança, por sua vez, saiu de 14,3% para 14,5% no mesmo intervalo de tempo.
Houve avanço de 1,9% consumo das famílias, mas o consumo do governo ficou estável (0%). A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) avançou 4,1%, após quatro anos consecutivos de queda. No setor externo, as exportações de bens e serviços cresceram 4,1%, enquanto as importações, 8,5%.
Setoriais
Após o crescimento recorde de 2017, a agropecuária teve variação positiva de 0,1%. A agricultura foi o principal fator de ganho no setor, com destaque para o café (29,4%), algodão (28,4%), trigo (25,1%) e soja (2,5%).
No contramão, houve queda em lavouras como a de milho (-18,3%), laranja (-10,7%), arroz (-5,8%) e cana (-2%).
Na indústria, a atividade ;Eletricidade e gás, água, esgoto, atividade de gestão e resíduos; expandiu 2,3% em 2018, sendo o maior destaque no setor. As indústrias de transformação também avançaram 1,3%, influenciadas pelos veículos automotores, papel e celulose, farmacêutica, metalurgia e máquinas e equipamentos.
As indústrias extrativas tiveram crescimento de 1%, diante da alta na extração de minérios ferrosos. O destaque negativo no setor foi a construção, que tomou 2,5% no ano passado.
Completando o resultado do PIB, os serviços apontaram variação positiva de 1,3%. As atividades imobiliárias subiram 3,1%, seguida por comércio (2,3%), transporte, armazenagem e correio (2,2%), outras atividades de serviços (1,0%), atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,4%), informação e comunicação (0,3%) e administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,2%).
Quarto trimestre
O PIB teve alta de 0,1% no último trimestre de 2014, em comparação com o terceiro trimestre. Segundo o IBGE, este é o oitavo resultado positivo consecutivo nesta comparação. A Agropecuária e os Serviços apresentaram variação positiva de 0,2%, enquanto a Indústria recuou (-0,3%).