Economia

Maioria das Bolsas da Europa fecha em alta, com otimismo sobre a economia chinesa

Agência Estado
postado em 28/02/2019 16:43
As bolsas da Europa fecharam em alta nesta quinta-feira, 28, com exceção de Londres, que terminou em território negativo. Na manhã desta quinta, os principais mercados europeus operaram em queda, monitorando as principais questões geopolíticas do momento, principalmente no que tange a desaceleração econômica da China. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,06%, em 372,80 pontos. Na Ásia, o índice de gerentes de compras (PMI) do setor industrial da China caiu de 49,5 no mês passado para 49,2 neste mês - o menor nível em cerca de três anos. O sinal fraco da potência asiática manteve os investidores cautelosos durante parte do pregão. No entanto, o economista Xiangrong Yu, do Citi, acredita que a próxima reunião do Congresso Nacional do Povo deve resultar, entre outras coisas, em um esforço para melhorar a transmissão monetária. Foi na crença de que os estímulos chineses apoiarão a economia global que as bolsas europeias se desprenderam das perdas iniciais e apresentaram ganhos. Nos EUA, o Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre cresceu acima do esperado, sinal positivo para as exportadoras europeias. O Brexit também permaneceu no radar. Nesta quinta, o ministro da Agricultura britânico, George Eustice, entregou à primeira-ministra, Theresa May, sua renúncia ao cargo alegando como motivo a decisão da premiê de oferecer ao Parlamento britânico a possibilidade de votar por um adiamento no Brexit. O agora ex-ministro afirmou, também, que atrasar a saída seria permitir que a União Europeia dite os termos do acordo, o que seria "a humilhação final" para o Reino Unido. Na agenda de indicadores, o Produto Interno Bruto (PIB) da França cresceu 0,3% no quarto trimestre de 2018 ante o terceiro, segundo revisão divulgada nesta quinta pelo Insee, como é conhecido o instituto de estatísticas francês. O resultado veio em linha com a previsão de analistas consultados pelo Wall Street Journal e confirmou estimativa preliminar do fim do mês passado. Na comparação anual, o PIB francês teve expansão de 0,9% entre outubro e dezembro, também confirmando o cálculo original. Na Bolsa de Londres, o índice FTSE-100 fechou em baixa de 0,46%, a 7.074,73 pontos. As ações do Barclays caíram 1,64%, após a New York Mortgage Trust piorar a recomendação sobre os papéis do banco. O recuo de alguns metais básicos também pressionaram papéis de mineradoras, como Antofagasta (-2,86%), BHP (-3,13%) e Anglo American (-1,31%). Em Frankfurt, o índice DAX subiu 0,25%, a 11.515,64 pontos, fechando o segundo mês consecutivo de altas no mercado alemão. Entre as mais negociadas, Deutsche Bank se destacou, em alta de 2,22%. Na Bolsa de Paris, o índice CAC-40 teve alta de 0,29%, a 5.240,53 pontos. Os papéis do grupo francês de supermercados Carrefour avançaram mais de 2%, após a divulgação do balanço anual, considerado "satisfatório" pelos analistas. A Vivendi, conglomerado de mídia da França, também colaborou, com 5,37% de alta. O índice FTSE-MIB, da Bolsa de Milão, subiu 0,78%, a 20.659,46 pontos. Entre os destaques do dia, o setor financeiro foi o que mais colaborou com a alta. As ações da FinecoBank, especializada em corretagem online, subiram 5,81%. O Mediobanca, banco de investimentos italiano, apresentou alta de 2,82%. Em Madri, o índice IBEX-35 registrou ganho de 0,72%, a 9.277,70 pontos, também com destaque para o setor financeiro, com a valorização de 2,29% do Santander, 2,21% do Bankinter, 1,8% do Banco Bilbao Vizcaya e 1,7% do Bankia. Na Bolsa de Lisboa, por fim, o índice PSI-20 teve alta de 0,45%, a 5.185,43 pontos. Quem liderou a alta foram os papéis da Corticeira Amorim, uma holding portuguesa dedicada à transformação de produtos de cortiça que avançou 4,02%.

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