Economia

Balança comercial tem superávit de US$ 3,673 bilhões em fevereiro

Saldo foi 22,5% maior do que o registrado em fevereiro do ano passado

Maria Eduarda Cardim
postado em 01/03/2019 15:47
Porto do Rio de Janeiro A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 3,67 bilhões em fevereiro, de acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Economia nesta sexta-feira (1/3). As exportações somaram US$ 16,293 bilhões no segundo mês do ano, enquanto as importações, US$ 12,620 bilhões.

Em comparação com o mesmo mês de 2018, o saldo comercial teve alta, já que no ano passado, fevereiro registrou US$ 2,99 bi de superávit. No entanto, ao comparar separadamente as importações e exportações de fevereiro de 2019 com os números do ano passado, ambas tiveram queda. Enquanto, a venda de produtos para o exterior teve retração de 15,8%, a compra registrou US$ diminuição de 21,2%.
Já na análise bimestral, de janeiro e fevereiro, também divulgada pela pasta, o país praticamente manteve o número do mesmo período de 2018, quando apresentou resultado positivo de US$ 5,82 bilhões. O saldo comercial do acumulado deste ano foi um pouco maior: US$ 5,86 bilhões. O diretor superintendente da BMJ Wagner Parente explica a baixa variação. ;Os números dizem respeito sobre uma sazonalidade desse início do ano. Não é o mais forte, mas o que se espera é crescimento, nem que seja um pouco, como registrou o país;, explica.
Com os dados dos primeiros meses, Wagner afirma que é possível esperar um saldo comercial positivo no final de 2019. ;A expectativa é que haja superávit, mas menor do que em 2018;. A balança comercial registrou superávit de US$ 58,3 bilhões no ano passado. Para 2019, o especialista elenca alguns fatores que podem fazer a diferença na conta final.

Agronegócio e China

Segundo o diretor BMJ, o mercado ainda depende muito do agronegócio. ;O ano passado foi muito forte em relação à exportação na parte do agronegócio. De certa forma, tivemos um bom superávit por isso;, analisa. Os números deste ano revelam um padrão semelhante. No acumulado das exportações dos dois primeiros meses os produtos básicos registraram crescimento, enquanto a venda de manufaturados e semifaturados caiu em relação a 2018.

;As vendas de produtos básicos, onde entra o agronegócio, crescente é um padrão que vem se repetindo nos últimos meses;, aponta. Por isso, para ele, a guerra comercial da China e dos Estados Unidos terá influência direta nas nossas exportações. ;A melhora no ânimo dessa relação entre China e EUA pode sim afetar nossa balança comercial como um todo;, pondera.

Além disso, a demanda da China por minério de ferro, também presente no grupo dos produtos básicos, também influenciará os números finais. ;Sabemos que o novo normal da China é ela crescendo menos, até menos do que a Índia;. Os dados do primeiro bimestre de 2019 revelam que os cinco maiores compradores do Brasil são, respectivamente, a China, Estados Unidos, Argentina, Países Baixos e Panamá.

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