Agência Estado
postado em 06/03/2019 12:40
Os economistas do mercado financeiro mantiveram a previsão para o IPCA - o índice oficial de inflação - em 2019 e 2020. O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta quarta-feira, 6, pelo Banco Central, mostra que a mediana para o IPCA este ano seguiu em alta de 3,85%. Há um mês, estava em 3,94%. A projeção para o índice em 2020 seguiu em 4,00%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo nível.
O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2021, que seguiu em 3,75%. No caso de 2022, a expectativa também permaneceu em 3,75%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,75% para ambos os casos.
A projeção dos economistas para a inflação está abaixo do centro da meta de 2019, de 4,25%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,75% a 5,75%). Para 2020, a meta é de 4%, com margem de 1,5 ponto (de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%).
No início de fevereiro, ao manter a Selic (a taxa básica de juros) em 6,50% ao ano, o BC atualizou suas projeções para a inflação no cenário de mercado: 3,9% para 2019 e 3,8% para 2020.
No Focus desta quarta, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2019 seguiu em 3,86%. Para 2020, a estimativa do Top 5 permaneceu em 4,00%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 3,83% e 4,00%, nesta ordem.
No caso de 2021, a mediana do IPCA no Top 5 permaneceu em 3,75%, igual ao verificado há um mês. A projeção para 2022 no Top 5 seguiu em 3,50%, igual ao visto quatro semanas antes.
12 meses à frente
Os economistas do mercado financeiro alteraram levemente a previsão para a alta do IPCA em fevereiro de 2018, de 0,34% para 0,35%, conforme o Relatório de Mercado Focus. Um mês antes, o porcentual projetado estava em 0,36%.
Para março, a projeção foi de 0,35% para 0,36% e, para abril, permaneceu em 0,38%. Há um mês, os porcentuais eram de 0,34% e 0,38%, respectivamente.
No Focus desta quarta, a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de 4,01% para 4,04% de uma semana para outra - há um mês, estava em 3,99%.
Últimos 5 dias
A projeção mediana para o IPCA 2019 atualizada com base nos últimos 5 dias úteis passou de 3,88% para 3,90%, conforme o Relatório de Mercado Focus. Houve 37 respostas para esta projeção no período. Há um mês, o porcentual calculado estava em 3,90%.
No caso de 2020, a projeção do IPCA dos últimos 5 dias úteis permaneceu em 4,00%. Há um mês, estava no mesmo patamar. A atualização no Focus foi feita por 36 instituições.
Em fevereiro, ao manter a Selic (a taxa básica de juros) em 6,50% ao ano, o BC atualizou suas projeções para a inflação no cenário de mercado: 3,9% para 2019 e 3,8% para 2020.
Preços administrados
O Relatório de Mercado Focus indicou leve alteração na projeção para os preços administrados em 2019. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador este ano passou de alta de 4,90% para elevação de 4,89%. Para 2020, a mediana seguiu com alta de 4,35%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 4,89% para os preços administrados em 2019 e elevação de 4,30% em 2020.
As projeções atuais do BC para os preços administrados, no cenário de mercado, indicam elevações de 5,1% em 2019 e 3,9% em 2020. Estes porcentuais foram informados no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado em dezembro.
IGP-s
O Relatório de Mercado Focus mostrou ainda que a mediana das projeções do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de 2019 passou de 4,05% para 4,46%. Há um mês, estava em 3,92%. No caso de 2020, o IGP-M projetado seguiu em 4,00%, igual ao visto quatro semanas antes.
Calculados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do câmbio e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.
O Relatório de Mercado Focus foi divulgado nesta segunda-feira, às 12 horas, em função do carnaval. Os dados referem-se ao registrado até a última sexta-feira, dia 1º de março. Na segunda-feira, dia 4, não houve divulgação de dados por parte do BC.