Agência Estado
postado em 07/03/2019 08:32
O Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) subiu 0,49% em fevereiro, após a alta de 0,61% registrada em janeiro, informou na manhã desta quinta-feira, 7, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador é usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre um e 2,5 salários mínimos. Com o resultado, o índice acumulou alta de 1,10% no ano. A taxa acumulada em 12 meses foi de 4,81%.
Em fevereiro, o IPC-C1 ficou acima da variação da inflação média apurada entre as famílias com renda mensal entre um e 33 salários mínimos, obtida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR), que teve alta de 0,35% no mês. No acumulado em 12 meses, a taxa do IPC-BR também foi inferior, aos 4,38%.
As famílias de baixa renda gastaram mais com alimentação em fevereiro, o que impediu um arrefecimento mais expressivo da inflação medida pelo índice.
Quatro das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais baixas em fevereiro na comparação com o mês anterior: Transportes (de 1,84% em janeiro para 0,22% em fevereiro), Educação, Leitura e Recreação (de 2,00% para -0,24%), Despesas Diversas (de 0,27% para 0,08%) e Comunicação (de 0,01% para -0,05%). Houve influência dos itens tarifa de ônibus urbano (de 3,87% para 0,71%), cursos formais (de 6,40% para 0,00%), alimentos para animais domésticos (de 1,06% para -0,16%) e pacotes de telefonia fixa e internet (de 0,51% para 0,00%).
Na direção oposta, as taxas foram mais elevadas nos grupos Habitação (de 0,19% para 0,40%), Saúde e Cuidados Pessoais (de -0,02% para 0,50%), Alimentação (de 0,84% para 0,97%) e Vestuário (de -0,56% para -0,04%). Os destaques foram os itens tarifa de eletricidade residencial (de 0,12% para 1,56%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de -0,54% para 0,99%), hortaliças e legumes (de 2,37% para 6,22%) e roupas (de -0,65% para 0,06%).