Agência Estado
postado em 08/03/2019 13:08
A nota enviada anteriormente contém incorreções no texto. Quando o presidente Jair Bolsonaro falou que "a reforma pode chegar em uma semana na Câmara e em uma no Senado e estar solucionada a questão", ele estava referindo-se à reforma dos militares, que não será encaminhada por PEC, ao contrário da previdenciária para civis, que já está no parlamento. Segue o texto corrigido e ampliado.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, voltou a defender a aprovação da reforma da Previdência nesta sexta-feira, 8. Bastante otimista, Bolsonaro disse que a proposta pode ser aprovada ainda no primeiro semestre deste ano. "Não pode levar um ano para aprovar uma reforma, né?", declarou. Ele conversou com a imprensa após cerimônia de entrega de credenciais de embaixadores no Palácio do Planalto, na manhã desta sexta-feira.
Bolsonaro reforçou que os militares vão participar da reforma e que "ninguém ficará de fora". "Vão entrar até os militares com sua cota de sacrifício", garantiu.
Por não se tratar de Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que necessita de apoio maior, ele considera que o texto que envolve os militares pode ser aprovado com celeridade. "É muito fácil. Pode chegar lá em uma semana na Câmara e em uma semana no Senado e estar solucionada a questão", disse.
O presidente espera que o texto da reforma da Previdência já encaminhado ao Congresso não passe por muitas alterações e garantiu que o governo fará de tudo para que não seja desidratado, mas ponderou que respeita a "autonomia do Parlamento caso alguma mudança seja feita". "Há interesse de todos, do (presidente da Câmara) Rodrigo Maia, do (presidente do Senado) Davi Alcolumbre, de muitos parlamentares. Sabemos que algum aspecto é medida amarga, mas é uma resposta de política sem muita responsabilidade que foi feita nos últimos anos. Tem que entrar com freio de arrumação agora", afirmou.
Bolsonaro falou que o governo tem "uma maneira diferente de fazer política" e que tenta convencer os parlamentares da necessidade da reforma através de um "sentido patriótico". "O Brasil é um País que se continuar sem reformas a tendência nossa é chegar à beira do caos e não queremos isso. Então essa é a política e a forma como estamos nos aproximando do Parlamento brasileiro", declarou.
Na quinta-feira, depois da pressão de aliados que pediam que o presidente usasse mais as suas redes sociais para promover a reforma da Previdência, Bolsonaro falou sobre o tema em uma transmissão ao vivo no Facebook. No vídeo, o presidente tentou mostrar que a reforma desenhada por sua equipe combate a privilégios e é necessária. "Sabemos que ela desagrada a algumas pessoas, sim, mas vamos combater os privilégios e vamos colocar o Brasil no rumo do crescimento", afirmou.
O presidente também disse esperar que o texto não seja muito desidratado para que atinja o seu objetivo e "sobrem recursos para nós investirmos em emprego, segurança, saúde, educação".