Economia

Gasolina sobe 2,5% nas refinarias, mas postos ainda cobram preço menor

O Correio percorreu 30 postos na cidade e constatou que o valor nas bombas ainda não sofreu impacto

Bruno Santa Rita - Especial para o Correio, Marília Sena*
postado em 09/03/2019 07:00
Deividson se queixa que alta do combustível prejudica sua atividade

O preço da gasolina voltou a subir ontem nas refinarias sem tributos, passando de R$ 1,6865 para R$ 1,7287, uma alta de 2,5%. O aumento foi reflexo de uma semana conturbada no mercado financeiro, que elevou a cotação do dólar. Atualmente, a política de preços da estatal se baseia na variação do câmbio e no preço do barril de petróleo.

O Correio percorreu 30 postos na cidade e constatou que o valor nas bombas ainda não sofreu impacto. Porém, o gerente de um dos estabelecimentos localizados na Estrada Parque Taguatinga (EPTG) informou que as revendedoras devem começar a repassar o reajuste em menos de quatro dias. Ontem, os preços mais em conta foram encontrados no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), na própria EPTG e em alguns postos do Plano Piloto (veja tabela).

O presidente do Sindicombustíveis do Distrito Federal (DF), Paulo Tavares, informou que existe uma guerra de preços acontecendo e algumas revendedoras insistem em manter o valor baixo. ;A revenda se sacrifica e não repassa o aumento de custos para o consumidor em sua totalidade. A gente trabalha sem lucro para não perder cliente;, explicou.

Tavares informou que o Sindicombustíveis abriu processos nos órgãos de fiscalização responsáveis para denunciar a prática de dumping ; quando empresas vendem o produto muito abaixo do valor justo com a finalidade de promover concorrência desleal. ;Em um futuro próximo, se continuar desse jeito, vamos ter apenas algumas grandes empresas que sobreviverão e dominarão o mercado;, alertou.

O motoboy Deividson Santos, 25 anos, explicou que costuma ser muito afetado pela alta nos preços. ;Na minha profissão, isso complica muito. Não dá para ganhar dinheiro suficiente para as contas se tiver que gastar muito com a gasolina;, lamentou. Para se prevenir, Deividson vende artesanato. ;É uma renda alternativa. Me ajuda um pouco;, contou.
O Correio percorreu 30 postos na cidade e constatou que o valor nas bombas ainda não sofreu impacto

* Estagiária sob supervisão de Rozane Oliveira

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