Economia

Para Maia, é importante que o governo assuma protagonismo da Previdência

O necessário para que a reforma seja aprovada em dois turnos no plenário são 308 votos em cada uma das vezes

Alessandra Azevedo, Gabriela Vinhal
postado em 12/03/2019 15:52
O necessário para que a reforma seja aprovada em dois turnos no plenário são 308 votos em cada uma das vezes
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, cobrou do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes, que assumam o protagonismo da reforma da Previdência. "Se os dois não lideram esse processo, dificulta muito na tramitação e na votação da matéria na Câmara dos Deputados", disse, ao chegar na Câmara, nesta terça-feira (12/3).

"É importante que o governo assuma esse protagonismo", reforçou Maia. Guedes, segundo ele, é o ministro que "mais tem colaborado com o diálogo com o parlamento brasileiro". "(Ele) nunca fez política e consegue ser um bom articulador, próximo ao parlamento, mostrando o impacto da agenda que ele está propondo para o futuro do país", elogiou o deputado.

Para o presidente da Câmara, é importante que o governo explique para os parlamentares os pontos da reforma, para que o entendimento chegue à população. "Quando tem mais gente que conhece o tema explicando quem está sendo impactado e por que tem que fazer a reforma, fica mais fácil para o deputado explicar, na sua base eleitoral, o porquê da importância de se fazer a reforma da Previdência", explicou Maia.

Emendas


Um dia depois de o líder do governo na Câmara, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), ter dito que o governo vai liberar R$ 1 bilhão em emendas parlamentares, Maia disse se tratar de "tramitação normal das emendas, que é feita independente do governo". O presidente da Câmara afirmou que "está se criando um debate sobre algo que não existe".

"As emendas, em tese, que vão ser liberadas são emendas impositivas, que é obrigação do governo liberar", explicou. A execução orçamentária, segundo ele, "não é uma questão de toma lá, dá cá, é uma questão de cumprimento da lei orçamentária aprovada pelo Legislativo e sancionada pela Presidência da República".

Perguntado sobre o "banco de talentos" anunciado pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, para o gerenciamento das indicações políticas ao governo federal, Maia disse que esse "não é o debate principal". "O debate principal é conhecer a agenda do governo, não apenas da Previdência, mas o que vem depois da Previdência, ao longo dos quatro anos de governo Bolsonaro", comentou.

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