Marília Sena*
postado em 13/03/2019 20:00
A produção industrial abriu o ano em contração. Caiu 0,8% em janeiro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com Luana Miranda, economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), esse resultado significa uma continuidade do processo de ritmo lento da economia, que iniciou em 2018 com a greve dos caminhoneiros.
Segundo a especialista, a taxa de desemprego ainda continua alta no país e freia a demanda de consumo. Outro ponto mencionado por Luana é a crise na Argentina que prejudicou a importação de veículos para o país vizinho. De acordo com ela, a Argentina é responsável pela compra de mais de 10% na indústria da transformação brasileira, encarregada da produção de materiais siderúrgicos, metalúrgicos e mecânica, por exemplo.
O Instituto de Estudos para Desenvolvimento Industrial emendou que os índices registrados são ;um nítido retrocesso; que afasta ainda mais as chances de a recuperação industrial ganhar vigor. Treze dos vinte e seis ramos industriais apresentaram queda. A influência negativa mais significativa foi de produtos farmoquímicos e farmacêuticos ( - 10,3%). Artigos para viagem e calçados caíram 3,2% e veículos automotores, reboques e carrocerias 0,5%.
Por outro lado, alguns produtos aumentaram a produção industrial, entre eles, produtos alimentícios subiram 1,5%, as bebidas 6,1% e os produtos de fumo 23,4%. Na comparação com janeiro de 2018, a indústria recuou 2,6% em janeiro de 2019 com queda nas quatro grandes categorias econômicas; bens de capital ( -3,0), bens intermediários (-0,1), bens de consumo (-0,3) e semiduráveis e não Duráveis (-0,4).
* Estagiária sob supervisão de Anderson Costolli