Gabriela Vinhal
postado em 19/03/2019 17:55
O presidente em exercício, Hamilton Mourão, se corrigiu, na tarde desta terça-feira (19/3), após dizer que a economia gerada com a reforma da Previdência para os militares seria de R$ 13 bilhões para a União e superavitária em 10 anos. "Está errado o meu número. Está errado", disse aos jornalistas, ao chegar à Vice-Presidência, no Palácio do Planalto, depois de participar da cerimônia de posse do novo presidente do Superior Tribunal Militar (STM).
Mourão, no entanto, não divulgou o número correto. Na segunda-feira, a equipe econômica divulgou uma cifra bem mais alta que a dita mais cedo pelo general: R$ 90 bilhões.
Durante a manhã, Mourão se reuniu com o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, para tratar dos ajustes finais da proposta a ser apresentada ao presidente da República, Jair Bolsonaro, assim que ele chegar ao país da viagem que realiza aos Estados Unidos. "Já está tudo ajustado para mostrar ao presidente amanhã, para que ele feche o pacote. Não falta nada ser decidido por parte do Ministério da Defesa. Agora é só a parte presidencial", afirmou Mourão.
Despacho e tramitação
Bolsonaro deve chegar ao Brasil na madrugada desta quarta-feira (20/3) e, segundo Mourão, despachar o texto à tarde para o Congresso Nacional. Quando a proposta chegar à Casa, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Felipe Francischini (PSL-PR), anunciará o relator do projeto e, assim, a comissão começará a análise do texto.
Um acordo com as lideranças partidárias definiu que a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que muda a Previdência só teria início após a apresentação da reforma dos militares, que será analisada em um projeto de lei separado. A previsão para a conclusão da análise, de acordo com o governo, é para 27 de março. O texto da reforma da Previdência chegou no Congresso em 20 de fevereiro.