Hamilton Ferrari
postado em 20/03/2019 17:32
O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, estima que estados terão um ganho de mais de R$ 50 bilhões nos próximos 10 anos com a reforma dos militares e a reorganização das carreiras das Forças Armadas que integram a nova reforma da Previdência. Segundo ele, as mudanças no sistema de aposentadorias deve reduzir as despesas dos governadores com as aposentadorias de policiais e de bombeiros.
O secretário abriu a entrevista coletiva de detalhamento do projeto de lei de reestruturação das Forças Armadas, entregue nesta quarta-feira (20/03) pelo presidente Jair Bolsonaro ao Congresso Nacional. ;Esse foi um esforço que foi feito junto às Forças Armadas e que só foi concluído hoje pela manhã, quando o presidente tomou a decisão para o cenário mais confortável para a economia e para as Forças Armadas;, afirmou.
Segundo ele, a diferença da economia líquida foi maior do que o esperado, de R$ 92,3 bilhões na assistência social, sem considerar os custos da reestruturação da carreira. de pouco mais de R$ 80 bilhões na questão da assistência social.
Especificidade
De acordo com o secretário de Previdência e Trabalho, as Forças Armadas são uma categoria especial da sociedade e, assim como a aposentadorias de outras carreiras, como a de professores, de policiais federais e trabalhadores rurais, precisam ter a sua especificidade. Questionado sobre os benefícios dados os militares, em detrimento do restante dos empregados da iniciativa privada e servidores, Marinho minimizou que o tema terá polêmica no Congresso Nacional.
;Nós estamos apresentando uma correção que está sendo feita na estrutura operacional das carreiras das Forças Armadas, que vêm sendo preteridas há, pelo menos, 15 anos, desde 2001;, afirmou Marinho. ;O Congresso é soberano e tem legitimidade para se debruçar sobre o tema, mas eu não tenho dúvida de que o texto representa a média do sentimento do governo federal;, completou o secretário.
O almirante Almir Garnier Santos, secretário-geral do Ministro da Defesa, afirmou que as Forças Armadas, ;como é de sua tradição;, tem sempre se colocado ao lado da nação em todos os momentos. ;Seja de festa ou de dor;, disse. ;Tudo isso visando o interesse nacional em duas frentes: econômico-financeira, onde todas as medidas foram avaliadas a fim de dar uma resposta positiva para o Tesouro Nacional; e sobre a ótica da defesa nacional e soberania;, declarou.
Segundo ele, os militares precisavam da reestruturação da carreira, que também é de interesse do Brasil. O secretário-geral defendeu que, no longo prazo, terá certeza que a sociedade não se arrependerá de apoiar o trabalho feito. O almirante citou ainda que o Brasil tem uma liderança regional e continental, além de estatura político-estratégica, cabendo às Forças Armadas exercer as atividades em prol dos interesses do país.