Agência Estado
postado em 22/03/2019 13:56
A Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi) divulgou balanço do setor nesta sexta-feira, 22, e destacou que, em 2018, o faturamento atingiu R$ 26,6 bilhões, ligeira alta de 0,5% no comparativo anual. O volume comercializado ficou estável ante 2017, a 2,5 milhões de toneladas. Os segmentos de biscoitos, massas e pães são os principais consumidores do trigo nacional.
A alta do dólar, a greve dos caminhoneiros, a revisão das classificações de riscos do Brasil, o atraso nas reformas e instabilidade política foram alguns dos pontos que prejudicaram a reação da economia.
"Este cenário não favoreceu uma recuperação significativa do poder de compra das famílias, refletindo no panorama específico do nosso setor", avalia o presidente executivo da Abimapi, Claudio Zanão.
A indústria de biscoitos atingiu R$ 14,3 bilhões em receita e 1,15 milhão de toneladas de produtos vendidos, retrações de 0,5% e 0,8%, respectivamente.
Os biscoitos mais vendidos em 2018 foram os recheados (287.360 toneladas), água e sal / cream cracker (253.460 toneladas) e secos / doces especiais (160.406 toneladas). A associação o desempenho dos cookies, de maior valor agregado, que cresceu 4,5% impulsionado por novas marcas.
O setor de massas alimentícias registrou aumento de 1,3% tanto em faturamento quanto em volume de vendas, quando comparados com 2017, atingindo R$ 6,2 bilhões e 916,3 mil toneladas, respectivamente. Devido ao baixo preço unitário, o crescimento foi impulsionado principalmente pela categoria de massas instantâneas, que faturou R$ 1,8 bilhão (7,1%) e vendeu 127,2 mil toneladas (3,7%).
Já a indústria de pães e bolos industrializados movimentou R$ 5,2 bilhões, alta de 1,61%, e comercializou 401,2 mil toneladas, recuo de 0,7% no comparativo anual. O destaque deste ano foi o mercado de bolos industrializados, que atingiu R$ 876 milhões, 5,7% a mais que o ano anterior, com volume de vendas de 34 mil toneladas, crescimento de 2,2%. "Estas categorias ganham espaço devido à praticidade e maior vida útil", afirma Zanão.