Agência Estado
postado em 23/03/2019 10:08
Manifestantes se reuniram na tarde desta sexta-feira, 22, em ato contra a reforma da Previdência, realizado em frente ao Museu de Arte de São Paulo, Masp, na capital paulista.
Os trabalhadores protestaram contra pontos da proposta, como diminuição dos valores dos benefícios, aumento do tempo de contribuição e idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos para as mulheres terem direito à aposentadoria.
A manifestação teve a adesão de diversas categorias, como professores, bancários, químicos, metroviários, metalúrgicos, trabalhadores da saúde, do comércio e de serviços, além de servidores públicos municipais e estaduais, segundo informações da CUT.
Durante a manhã, sindicalistas foram para as garagens de ônibus de São Paulo para conversar com os trabalhadores sobre a reforma da Previdência e sobre a campanha salarial de 2019. A paralisação momentânea afetou o funcionamento do transporte na cidade, atrapalhando os usuários de 561 linhas.
Protesto no centro do Rio
Em dia marcado por convocações de centrais sindicais para protestos contra a reforma da Previdência em todo o País, a hashtag #LutePelaSuaAposentadoria apareceu em primeiro lugar nos tópicos mais citados no Twitter Brasil. Por outro lado, pessoas favoráveis às mudanças subiram a #EuApoioNovaPrevidência, em resposta às manifestações dos sindicatos. No entanto, poucos parlamentares e líderes partidários têm feito a defesa da proposta de reforma.
As principais postagens são encabeçadas por líderes da esquerda, como o senador Humberto Costa (PE). "Posso dizer, com quase toda certeza, que essa reforma da Previdência enviada por Bolsonaro é uma proposta natimorta, dada a imensa oposição que encontra até mesmo dos principais aliados do presidente da República", escreveu em sua conta oficial no Twitter.
Dos raros deputados a tuitarem pela proposta estão Vinicius Poit (Novo-SP) e Alexis Fonteyne (Novo-SP). Para Poit, "um dos grandes desafios na Nova Previdência é lutar contra a desinformação". Alexis declarou apoio à reforma previdenciária argumentando que "não restam dúvidas de que o país está caminhando para a insolvência"
As manifestações aconteceram após o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), responsável por articular a aprovação da proposta na Casa, ameaçar abandonar a busca de votos para a reforma. Isso depois de o vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ) fazer uma publicação no Twitter com fortes críticas a Maia. O presidente Jair Bolsonaro disse não entender o motivo do descontentamento de Maia e afirmou que está aberto ao diálogo. (com informações da Agência Brasil)