O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) apresentou a maior variação para para o mês de março desde de 2015, fechando em 0,54%. A alta foi puxada pelos grupos Alimentação e Bebidas (com alta de 1,28%) e Transportes (0,59%). A variação acumulada do trimestre, ou IPCA-E, ficou em 1,18%, acima da taxa de 0,87% registrada no primeiro trimestre do ano passado. O IPCA-15 é considerado uma prévia da inflação.
A alta do grupo Alimentação e Bebidas foi puxada pela variação da alimentação no domicílio, que subiu 1,91%, puxada pela alta do feijão carioca (41,44%), da batata inglesa (25,59%), do tomate (16,73%), das frutas (2,74%) e do leite longa vida (2,35%), itens importantes da cesta de consumo do brasileiro.
A variação do grupo Transportes foi puxada pela passagem aérea (7,54%) e pelo etanol (2,64%). A gasolina também apresentou leve alta, e as variações ficaram entre a queda de 1,15% na região metropolitana de São Paulo e a alta de 5,92% na região metropolitana de Fortaleza. Os ônibus urbanos também apresentaram alta (0,73%), consequência dos reajustes tarifários nas regiões de Porto Alegre, Recife, Curitiba, Rio de Janeiro e Fortaleza. Os preços das passagens de trem (1,35%) também sofreram alterações em Porto Alegre e no Rio de Janeiro.
Em relação os índices regionais, todas as regiões apresentaram aceleração em março comparado com fevereiro, com exceção de Belo Horizonte (foi de 0,62% em fevereiro para 0,43% em março). O maior índice foi da região de Fortaleza (0,92%) em função da alta de 5,92% no preço da gasolina. O menor índice foi da região de Salvador (0,29%), influenciado pela queda de 2,14% no preço do item automóvel novo e de 1,28% das carnes.
Para o cálculo do IPCA-15, foram coletados preços no período de 13 de fevereiro a 15 de março, e comparados com aqueles vigentes de 16 de janeiro a 12 de fevereiro. O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, considerado a inflação oficial do país. A diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
* Estagiária sob supervisão de Roberto Fonseca