Economia

Joice não vê motivo para ida de Guedes à CCJ: "bate-boca sem relator"

Ministro da Economia era aguardado na comissão para discutir a reforma da Previdência. Guedes desistiu de comparecer e escalou técnicos para tirar dúvidas dos deputados

Gabriela Vinhal
postado em 26/03/2019 16:31
Joice Hasselmann (PSL-SP), deputada federal
A líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), minimizou, na tarde desta terça-feira (26/3), a ausência do ministro da Economia, Paulo Guedes, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para falar sobre a reforma da Previdência. A deputada disse que não tinha motivo para o ministro participar de um "bate-boca" sem relator.
[SAIBAMAIS]A respeito da indicação de relatoria para a CCJ, Joice voltou a afirmar que mantém conversas frequentes com o presidente da comissão, Felipe Francischini (PSL-PR) e com a vice, Bia Kicis (PSL-DF), em que pede celeridade na escolha de um nome. Ela destacou que o Planalto tem pressa para o anúncio, uma vez que o texto da reforma geral está parado na comissão desde o início do mês.

;Vamos indicar logo. Falo isso desde a semana passada. Eu entendo que há pressão dos dois lados, de alguns partidos também. É natural, nada que seja assustador. Mas, neste momento, tem de dar um passo à frente", acrescentou.

Sobre os embates recorrentes entre entre o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Joice Hasselmann minimizou que a crise ganhe novas proporções. A líder do governo disse ainda que Bolsonaro ;tem o direito de comentar o noticiário político; e, quando os ânimos estão exaltados, ;qualquer coisa vira motivo de uma grande discussão;.

Entretanto, minimizou que a crise entre os poderes continue inflamada, uma vez que ;os dois presidentes querem se acertar;. ;Vamos costurar o andamento disso. Hoje tivemos uma sinalização positiva e do limão vamos fazer uma limonada;, declarou sobre o apoio de 11 partidos à reforma da Previdência. Mesmo com o apoio declarado, afirmam que querem mexer em dois pontos: No Benefício de Prestação Continuada (BPC) e nos critérios para aposentadoria do trabalhador rural.
Questionada se a equipe econômica pretende ceder às alterações, Joice Hasselmann afirmou que o governo está aberto para alterações, desde que mantenha a base do texto da reforma. ;O governo cede em qualquer ponto, desde que não dobre a espinha dorsal da reforma. Não se pode ter uma reforma corcunda;, acrescentou.

Mais cedo, no Twitter, a deputada celebrou a decisão de Bolsonaro de comemorar o golpe militar de 1964. ;A partir deste ano, o Brasil irá comemorar o aniversário do 31 de março de 1964. A data foi incluída na ordem do dia das FFAA e cada comandante decidirá como deve ser feita. É a retomada da narrativa verdadeira de nossa história. Orgulho;, escreveu.

Entretanto, há cinco anos, a opinião da parlamentar era bem contrário ao publicado nesta terça. À época, ela postou 10 razões para não ter saudade da ditadura. O tuíte direcionava o internauta a um link de um blog pessoal dela, atualmente fora do ar. Outras postagens antigas da deputada também eram contra o período militar.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação