Economia

Setor público tem déficit primário de R$ 14,931 bilhões em fevereiro, diz BC

Agência Estado
postado em 29/03/2019 11:01
O setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras) apresentou déficit primário de R$ 14,931 bilhões em fevereiro, informou nesta sexta-feira, 29, o Banco Central. O resultado representa o menor déficit para o mês desde 2015, quando houve déficit de R$ 2,300 bilhões. Em janeiro, havia sido registrado superávit de R$ 46,897 bilhões. O resultado primário consolidado do mês passado ficou abaixo da mediana das estimativas coletadas pelo Projeções Broadcast, negativa em R$ 15,900 bilhões, e dentro do intervalo das previsões dos analistas do mercado financeiro, que iam de déficit de R$ 23 bilhões a déficit de R$ 6,1 bilhões. O resultado fiscal de fevereiro foi composto por um déficit de R$ 20,612 bilhões do Governo Central (Tesouro, Banco Central e INSS). Já os governos regionais (Estados e municípios) influenciaram o resultado positivamente com R$ 4,850 bilhões no mês. Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 4,292 bilhões, os municípios tiveram resultado positivo de R$ 558 milhões. As empresas estatais registraram superávit primário de R$ 832 milhões. A meta de déficit primário do setor público consolidado considerada pelo governo é de R$ 132,0 bilhões para 2019. No caso do governo central, a meta é um déficit de R$ 139,0 bilhões. Bimestre As contas do setor público acumulam um superávit primário de R$ 31,967 bilhões no ano até fevereiro, o equivalente a 2,78% do Produto Interno Bruto (PIB), informou o Banco Central. A cifra é resultado de um superávit de R$ 46,897 bilhões em janeiro e de um déficit primário de R$ 14,931 bilhões em fevereiro. O superávit fiscal no ano até fevereiro pode ser atribuído ao superávit de R$ 14,994 bilhões do Governo Central (1,30% do PIB). Os governos regionais (Estados e municípios) apresentaram um superávit de R$ 15,633 bilhões (1,36% do PIB) no ano até fevereiro. Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 13,865 bilhões, os municípios tiveram um saldo positivo de R$ 1,768 bilhão. As empresas estatais registraram um resultado positivo de R$ 1,339 bilhão no período. 12 meses As contas do setor público acumulam um déficit primário de R$ 105,818 bilhões em 12 meses até fevereiro, o equivalente a 1,54% do PIB, informou o Banco Central. O déficit fiscal nos 12 meses encerrados em fevereiro pode ser atribuído ao rombo de R$ 118,698 bilhões do Governo Central (1,72% do PIB). Os governos regionais (Estados e municípios) apresentaram um superávit de R$ 6,559 bilhões (0,10% do PIB) em 12 meses até fevereiro. Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 8,837 bilhões, os municípios tiveram um saldo negativo de R$ 2,278 bilhões. As empresas estatais registraram um resultado positivo de R$ 6,321 bilhões no período. Déficit nominal O setor público consolidado registrou um déficit nominal de R$ 45,013 bilhões em fevereiro. Em janeiro, o resultado nominal havia sido superavitário em R$ 26,044 bilhões e, em fevereiro de 2018, deficitário em R$ 45,806 bilhões. No mês passado, o Governo Central registrou déficit nominal de R$ 46,008 bilhões. Os governos regionais tiveram saldo positivo de R$ 667 milhões, enquanto as empresas estatais registraram superávit nominal de R$ 328 milhões. No ano até fevereiro, o déficit nominal soma R$ 18,969 bilhões, o que equivale a 1,65% do PIB. Em 12 meses até fevereiro, há déficit nominal de R$ 479,231 bilhões, ou 6,95 % do PIB. Gasto com juros O setor público consolidado teve gasto de R$ 30,082 bilhões com juros em fevereiro, após esta despesa ter atingido R$ 20,853 bilhões em janeiro, informou o Banco Central. O Governo Central teve no mês passado despesas na conta de juros de R$ 25,396 bilhões. Já os governos regionais registraram gasto de R$ 4,183 bilhões e as empresas estatais, de R$ 504 milhões. No ano até fevereiro, o gasto com juros soma US$ 50,936 bilhões, o que representa 4,43% do PIB. Em 12 meses até fevereiro, as despesas com juros atingiram R$ 373,413 bilhões (5,42% do PIB).

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