Agência Estado
postado em 01/04/2019 10:01
A primeira sessão do segundo trimestre começa com dólar e juros futuros em baixa e o Ibovespa futuro com alta de mais de 1%. Investidores precificam o bom humor nos mercados internacionais, onde bolsas e petróleo sobem, enquanto o dólar recua predominantemente ante moedas de países emergentes exportadores de commodities.
Os principais catalisadores dos negócios são os sinais de recuperação da indústria da China em março e de um bom andamento do acordo comercial sino-americano. No Brasil, o calendário da reforma da Previdência na Câmara segue no centro das atenções.
Na quarta-feira, dia 3, o ministro da Economia, Paulo Guedes, é convidado para responder a perguntas sobre a reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Além disso, é esperada a entrega do parecer do relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Previdência, o deputado Marcelo Freitas (PSL-MG), à CCJ, no próximo dia 9 de abril, além da votação da admissibilidade do texto, no dia 17.
Até lá, o investidor vai monitorar a relação política entre o Executivo e o Legislativo, a fim de avaliar eventuais novos obstáculos à condução do projeto.
Além de Guedes, o mercado deve monitorar a viagem do presidente Jair Bolsonaro a Israel, que dura até quarta-feira. Entre os indicadores, o destaque local é a produção industrial de fevereiro (terça-feira, 2) e, no exterior, o relatório de empregos dos Estados Unidos, o payroll, na sexta-feira (5).
Nas bolsas europeias e futuros de Nova York predomina o bom humor nesta segunda-feira, após os índices de gerentes de compras (PMIs) industriais da China terem voltado a ficar acima da barreira de 50, indicando expansão de atividade.
Além disso, autoridades dos EUA e China retomam discussões comerciais em Washington na quarta-feira, depois de conversarem por dois dias no fim da semana passada, em Pequim. A persistente valorização do petróleo também pesa na queda do dólar ante o real, segundo operadores de câmbio.
Às 9h22, o dólar à vista caía 0,93%, aos R$ 3,8794. O dólar futuro para maio recuava 1,09%, a R$ 3,8855.