Economia

Bolsonaro e Onyx admitem deixar discussão sobre capitalização para depois

O presidente também disse, nesta sexta-feira (5/4), em café da manhã com jornalistas, que o valor máximo do benefício e o tempo de serviço são inegociáveis

Carlos Marcelo/Estado de Minas
postado em 05/04/2019 13:29
Presidente da República, Jair Bolsonaro durante café da Manhã com Jornalistas
O presidente Jair Bolsonaro (PSL), admitiu, nesta sexta-feira (5/4), que o regime de capitalização - com contribuição apenas do empregado -, poderá ser analisado posteriormente pelo Congresso. A afirmação foi dada a jornalistas durante café da manhã do presidene e do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, tomaram café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto.

Onyx confirmou que o sistema de capitalização pode ficar para um segundo tempo. O tema foi um dos mais polêmicos na sabatina do ministro da Economia, Paulo Guedes , na quarta-feira (3), realizada na Comissão de Constituição e Justiça, que analisa a admissibilidade da proposta do governo de reformar a Previdência. O encontro do ministro e dos parlamentares acabou em bate-boca.


Reforma


No encontro, Bolsonaro (PSL) disse, ainda, que o essencial na reforma da Previdência é o teto do benefício e o tempo de serviço para a aposentadoria. "Se introduzir mais coisas, vai ser complicado", afirmou o presidente.

A declaração foi dada um dia depois de Bolsonaro se reunir com lideranças de seis partidos para discutir a aprovação das mudanças nas regras da aposentadoria no Congresso Nacional.

Bolsonaro reiterou que nessas reuniões - com o PRB, PSD, PP, PSDB, DEM, MDB-, a troca de apoio por cargos não foi discutida. "Não se falou a palavra cargos", destacou o presidente.

Para Bolsonaro, o resultado dos encontros com as lideranças partidárias foi muito positivo. "Até com o (Geraldo) Alckmin, que me deu muito mais que caneladas, foram agulhadas durante a campanha", disse o presidente, se referindo ao ex-governador de São Paulo, presidente nacional do PSDB, e adversário dele nas eleições de 2018.

Bolsonaro disse também que quer atenção de seus auxiliares para os pedidos de deputados e senadores. "Às vezes, são pedidos simples, como a verificação de um determinado processo", afirmou.

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