Economia

'Eu não tenho pretensão de ser coordenador político', diz Guedes

As declarações foram dadas em evento sobre os 100 dias de governo Bolsonaro, promovido pelo O Globo e Valor Econômico

Hamilton Ferrari
postado em 08/04/2019 18:21

Paulo Guedes, ministro da Economia O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que não tem pretensão de ser coordenador político para conseguir aprovar a reforma da Previdência. Para ele, ele é um ;animal de combate; em economia, mas que a articulação é feita pelo ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

[SAIBAMAIS]


As declarações foram dadas durante evento sobre os 100 dias do governo Jair Bolsonaro, organizado pelo O Globo e Valor Econômico. Guedes admitiu, porém que há dificuldades para a formação da base após a ;mudança de eixo na política;. ;Eu não tenho pretensão de ser coordenador político;, afirmou. ;Vocês viram meu desempenho (na Comissão de Constituição e Justiça;, brincou o ministro.

Ele disse que está sendo muito ajudado e orientado pelos técnicos do Ministério da Economia, mas que o próprio Onyx ;tem lá suas dificuldades;. ;É natural. É uma mudança. Havia um eixo político que era centralizado em acomodações políticas necessárias. Essa eleição foi uma troca de eixo. Agora não é o partido A, B ou C. É quem é que vota por temas. A discussão ficou mais temática e ficou mais parecida com o que é lá fora;, disse o ministro.

Para Guedes, os partidos terão que se reorientar para este novo eixo. Disse ainda que não pretende assumir o protagonismo na articulação política. ;Eu sou animal de combate em economia;, disse. ;Eu sou um defensor honesto de algumas propostas já há muitos;, completou.

Guedes voltou a defender que a reforma da Previdência precisa ter um impacto de R$ 1 trilhão nas contas públicas em 10 anos para viabilizar a capitalização. ;Único defeito possível da capitalização é não dar salário mínimo, isso é contornável;, minimizou. ;Temos que atacar frontalmente grandes gastos;, acrescentou.
Durante o evento, o ministro da Economia, Paulo Guedes, ressaltou ainda que o fim dos governos militares foi ;extremamente conturbado; do ponto de vista econômico, o que gerou consequências que são sentidas até hoje. Guedes defendeu o Bolsa Família e a autonomia do Banco Central (BC). .

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