O PR acenou ao governo apoio à aprovação da reforma da Previdência. Mas declarou que não vai compor a base governista nem orientar a bancada no Congresso a fechar questão, afirmou nesta terça-feira (9/4) o presidente de honra do partido, Alfredo Nascimento, após reunião com o presidente Jair Bolsonaro. A postura, avisou, será de independência, a marca que vem sendo sinalizada por todos os partidos que se reuniram com o chefe do Palácio do Planalto até o momento.
A conversa não tratou nada sobre indicações políticas, garantiu Nascimento. O governo tão pouco sinalizou com a oferta de cargos de livre nomeação para abarcar apadrinhados do PR, como o partido também não conversou sobre isso. A conversa se tratou apenas de assuntos específicos da reforma que a legenda não vai aceitar aprovar, como mudanças nas regras do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e dos trabalhadores rurais.
Outra pauta defendida pelo partido é a defesa da manutenção das regras previdenciárias dos professores no texto atual, em um posicionamento contrário à reforma entregue pelo governo. ;Vamos discutir isso dentro do partido e alterar algumas coisas, mas vamos votar com o governo pois é bom para o Brasil. Nossa economia precisa disso e o partido vai estar junto nesta empreitada;, declarou Nascimento.
A bancada do PR e o presidente da República não discutiram sobre a indicação dos nomes que vão compor a Comissão Especial, garantiu Nascimento. A ideia é que a articulação política do governo que se encarregue de articular os nomes que vão integrar o colegiado que analisará os dispositivos técnicos. O texto, atualmente, tramita na CCJ, onde se discute apenas a admissibilidade, ou seja, se a reforma fere ou não pontos da Constituição.