Agência Estado
postado em 12/04/2019 19:15
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, Felipe Francischini (PSL-PR), quer colocar em votação a PEC da reforma da Previdência até a noite de terça-feira (16). Mesmo com essa intenção, ele disse, durante entrevista coletiva na Assembleia Legislativa do Paraná, nesta sexta (12), que isso dependerá também do que os deputados decidirem, apesar dos esforços nas negociações. "Como presidente (da CCJ) eu posso pautar as comissões, mas não posso decidir pelos deputados, quem decide são eles votando. O ideal seria discutir na segunda, terça e encerrar no final da tarde de terça-feira já para votação. Tenho defendido votar primeiro a Nova Previdência, o item número 2 é a PEC do Orçamento Impositivo, mas esse tema é de consenso, tem mais facilidade para votação", comentou.
Segundo ele, as articulações em torno da reforma da Previdência não estão fortalecidas como deveriam, mas para isso o deputado conta com a base do governo e as conversas que ele mesmo teve. "Conversei com todos os líderes, com o presidente Rodrigo Maia e lideranças do governo, no final de semana irão provocar reuniões em todos os partidos, todos os trâmites, e a partir daí começar a votação para liberar as comissões que analisarão o mérito. Em uma conjuntura de instabilidade política é difícil estabelecer cronograma e prazos", avaliou.
O presidente da CCJ voltou a afirmar que a prioridade da comissão é a Previdência. "Durante esta semana eu recebi pedidos de alguns líderes de deputados que querem votar a PEC do Orçamento Impositivo antes, mas a minha decisão que será publicada ainda nesta sexta é a prioridade da pauta da Previdência", comentou.
Sobre uma possível inversão de pautas, o deputado mostrou-se tranquilo. "Por aspectos regimentais a PEC (da Previdência) tem prioridade, mas qualquer deputado pode apresentar a inversão na segunda, mas será uma decisão dos partidos, a minha pauta e do Brasil é a reforma da Previdência", disse.
Sobre a articulação política para a aprovação da reforma, Francischini disse que a base governista está fazendo um trabalho "corpo a corpo". "Estamos fazendo um trabalho de corpo a corpo neste momento, conversando com deputados incluindo os da CCJ, e até semana que vem terão um mapeamento de votos e dessa articulação. Falta ainda uma articulação mais forte, ainda não está 100%", analisou.
Francischini tratou a Previdência como prioridade durante toda a entrevista e falou que se a proposta não passar o País terá muitas dificuldades. "Se não passar (reforma) do jeito que está, o desemprego vai continuar e o Brasil não vai para o futuro, vai ficar no passado", concluiu.