Rodolfo Costa
postado em 15/04/2019 13:52
O governo retoma nesta segunda-feira (15/4) os diálogos sobre como superar a controversa decisão do presidente Jair Bolsonaro de intervir na política de preços da Petrobras e encontrar soluções para o aumento do óleo diesel. O chefe do Palácio do Planalto tem reunião agendada hoje com o ministro da Economia, Paulo Guedes, às 16h. Antes, às 14h30, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, lidera uma reunião interministerial com ministros da área técnica para conversar sobre a situação dos caminhoneiros e ações a serem conduzidas, como discussão do piso mínimo do frete, diesel e fiscalização.
Os encontros de hoje antecedem uma reunião que Bolsonaro receberá nesta terça-feira (16), com técnicos da Petrobras e ministros técnicos. Alguns desses já se reunirão com Lorenzoni hoje. Os ministros de Minas e Energia, Bento Albuquerque, de Infraestrutura, Tarcísio Freitas, da Secretaria de Governo, Santos Cruz, da Secretaria-Geral, Floriano Peixoto, além de Guedes. Também participarão o presidente do BNDES, Joaquim Levy, e o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco.
A polêmica interferência de Bolsonaro custou caro ao governo. Na sexta-feira, a Petrobras perdeu R$ 32 bilhões em valor de mercado na Bolsa de Valores de São Paulo (B3). As ações preferenciais da estatal caíram 7,75%. O próprio chefe do Planalto admite ter telefonado na quinta-feira para Castello Branco determinando que segurasse o reajuste do óleo diesel anunciado, de 5,7%.
O presidente disse que fez isso para não onerar os caminhoneiros. Em 2018, o país ficou paralisado por 11 dias, quando a categoria fechou rodovias em todo o país e cruzou os braços, reivindicando preços mais baixos do óleo diesel e propostas que pudessem aumentar o frete recebido por cargas transportadas.