Agência Estado
postado em 16/04/2019 17:43
Com a presença de ministros e de seu vice, Hamilton Mourão, o presidente Jair Bolsonaro já está reunido no Palácio do Planalto com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco. O encontro foi programado após a repercussão do recuo da estatal em reajustar o preço do óleo diesel em 5,7% na última sexta-feira (12). Bolsonaro admitiu ter ligado ao presidente da Petrobras para tratar do tema. "Me surpreendi com o reajuste de 5,7%", disse o chefe do Executivo no dia em que o reajuste seria implantado.
Além de Bolsonaro, Castello Branco e Mourão, participam da reunião os ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, da Economia, Paulo Guedes, de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Décio Oddone.
Castello Branco já esteve na segunda-feira no Planalto para participar de uma reunião interministerial que tratou da questão do transporte rodoviário no Brasil. Após sair do encontro, o presidente da Petrobras negou intervenção na estatal e disse que a empresa é "livre" e tem "vida própria". Ele afirmou ainda que a decisão pelo não reajuste foi tomada pela Petrobras. "O presidente alertou para os riscos", disse.
Mais cedo nesta terça-feira (16), na tentativa de atender demandas dos caminhoneiros que ameaçam uma nova paralisação, o governo federal anunciou uma série de medidas consideradas estruturantes para atender o setor. Entre elas estão a criação de uma linha de crédito do BNDES para caminhoneiros autônomos que tenham até dois caminhões por CPF, de R$ 30 mil. Foi anunciada ainda a liberação de R$ 2 bilhões do orçamento do Ministério da Infraestrutura para conclusão de obras importantes e manutenção de rodovias consideradas essenciais, como as BR-163 que liga o Rio Grande do Sul ao Pará, iniciada em 1970.