Agência Estado
postado em 16/04/2019 18:32
Após reunião entre o presidente Jair Bolsonaro, ministros e o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou a jornalistas que o encontro foi feito para "esclarecer" a Bolsonaro a política de preços de combustíveis. Perguntado se alguma decisão foi tomada sobre o reajuste do preço do óleo diesel, Albuquerque respondeu que quem irá decidir o momento e o valor será a Petrobras.
"Quem vai decidir o momento e o valor vai ser a Petrobras. A reunião foi para esclarecer ao presidente a prática de preços. Desde 2002, o preço do mercado de combustíveis é livre, e quem vai tratar desse assunto é a Petrobras", disse o ministro de Minas e Energia.
Albuquerque disse que não estava em Brasília quando ocorreu o anúncio do aumento, e que não teve oportunidade de estar com o presidente para prestar esclarecimentos. "Quando ocorreu o anúncio do aumento eu não estava em Brasília, e não tive oportunidade de estar com presidente nem de juntar elementos para esclarecer a ele por parte do Ministério de Minas e Energia", disse.
Questionado sobre como irá funcionar o cartão caminhoneiro, que deve permitir ao caminhoneiro a compra de combustível a um preço preestabelecido, Albuquerque afirmou que o governo não tem envolvimento direto com o cartão, "tampouco o Tesouro Nacional". A medida, anunciada pela Petrobras, foi pensada para funcionar como proteção contra a volatilidade de preços da estatal, que acompanha as oscilações do mercado externo.
"Essa questão do cartão foi iniciativa da Petrobras no intuito de atender à demanda social no caso da categoria dos caminhoneiros, e o esclarecimento também deve ser prestado pela Petrobras", disse o ministro, quando perguntado sobre quem irá bancar a diferença de preço na bomba.