Apesar das manobras da oposição para tentar protelar a votação da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, o presidente do colegiado, Felipe Francischini (PSL-PR), avisou que não vai ceder às manobras. "Podem fazer o barulho que quiserem. Vamos continuar tocando a reunião, a reforma será votada hoje (terça)", disse.
Francischini deu o aviso após um novo tumulto, provocado após o líder do PSOL na Câmara, Ivan Valente (SP), ter sugerido ter uma gravação do presidente da CCJ sobre temas regimentais relacionados ao requerimento da oposição para suspender a tramitação da reforma. Valente não chegou a colocar a gravação porque a mesa da CCJ disse que não cabia a medida.
Nesse momento, Francischini cobrou "coerência e hombridade" de Valente, o que despertou reação da oposição. Um tumulto se formou em frente à mesa, e deputados aliados do governo pediram "civilidade".
Após o fim do tumulto, o plenário da CCJ rejeitou requerimento para adiar votação por cinco sessões por 44 votos a 7, com uma abstenção. Houve ainda nove parlamentares que ficaram em obstrução. Ainda restam quatro requerimentos para serem votados antes da admissibilidade da reforma.