Hamilton Ferrari
postado em 29/04/2019 18:43
O secretário de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, disse que ;não tem dúvidas; de que não há interesse de procrastinação no debate sobre a reforma da Previdência. Nesta semana, haverá o Dia do Trabalho, que é um feriado na quarta-feira. A data comemorativa deverá atrapalhar o andamento das discussões na Câmara dos Deputados.
As declarações foram dadas na tarde desta segunda-feira (29/4) na sede do Ministério da Economia, após reunião com técnicos. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que muda a legislação de aposentadorias e pensões está na comissão especial da Casa Legislativa.
Segundo Marinho, a semana é importante porque terá a definição do plano de trabalho com o presidente da comissão, deputado Marcelo Ramos (PR-AM), e o relator da reforma na comissão, Samuel Moreira (PSDB-SP). ;Quem vai definir o cronograma é o relator, que deve anunciar amanhã ou quinta-feira;, afirmou. ;Amanhã tem uma reunião acertada entre eles, o relator e o presidente. No final da tarde nós deveremos conversar a respeito. Eu espero que nós tenhamos já o cronograma, como vai se desenrolar, as audiências públicas, mas essa é uma condição de livre arbítrio do presidente da comissão;, disse.
O secretário afirmou que o ideal é que haja celeridade do processo, mas sem perder a qualidade da discussão. Marinho destacou ainda que o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro no fim de semana e teve discussões ;exitosas;.
Ele alegou que o governo vai defender a integralidade do projeto. ;Eu acho que esse será o momento em que os argumentos prevalecerão. Nós entendemos que há uma resistência sobre esse ou aquele ponto, mas nós queremos ter a oportunidade de discutir. Quem tiver o maior número de votos certamente vai fazer valer sua intenção como é no processo democrático;, defendeu Marinho.
Sobre a oposição e manifestações que devem ocorrer no Dia do Trabalho, contra a reforma da Previdência, Marinho destacou que os parlamentares poderão mostrar ;alternativas; para resolver o grave problema fiscal na comissão especial. ;O governo tem que trabalhar, manter sua agenda e fazer a sua parte no sentido de melhorar as condições de empregabilidade e o ambiente econômico no Brasil. A manifestação é livre. Esperamos que ela ocorra de maneira ordeira, pacífica e volto a dizer que gostaria de saber alternativas para resolver a situação (fiscal) que nós nos encontramos. Espero que neste momento não tenhamos uma oposição por oposição, mas, sim, propositiva com alternativas reais;, argumentou.