Agência Estado
postado em 06/05/2019 10:38
A produção física da indústria do setor elétrico e eletrônico recuou 14,7% em março comparativamente a idêntico mês no ano passado, conforme a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), com base na Pesquisa Industrial Mensal (PIM) que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na última sexta-feira, 3. "Desde a greve dos caminhoneiros, ocorrida em maio do ano passado, a produção de bens do setor não retomou a atividade", diz o presidente da Abinee, Humberto Barbato, destacando retração de 23,8% da área eletrônica e de 4,6% da área elétrica.
Para a associação, os resultados foram prejudicados pelo carnaval, que, neste ano, ocorreu em março, enquanto que em 2018 foi em fevereiro. Ainda referente ao mês de março de 2019, com exceção de eletrodomésticos, cuja produção cresceu 2,7%, houve recuo na produção de todos os segmentos da indústria eletroeletrônica, sendo de 29,2% na produção de aparelhos de áudio e vídeo.
Barbato pondera que em igual período do ano passado, a produção de televisores estava muito aquecida devido à proximidade da Copa do Mundo, o que prejudica a comparação.
Também foram observadas reduções significativas nos demais segmentos eletrônicos, tais como: equipamentos de informática (22,4%), instrumentos de medida (18,4%) e itens de comunicação (18,3%).
A produção de componentes eletrônicos reduziu-se em 6,9%.
Na área elétrica, destacaram-se as quedas em lâmpadas (14%), equipamentos para distribuição e controle de energia (8,8%) e geradores, transformadores e motores (7,7%). A redução em pilhas e baterias foi menos significativa, de 4,7%.
Em relação ao mês imediatamente anterior, a produção de bens do setor caiu 2,1%, com redução de 5,9% na área eletrônica e crescimento de 1,6% na elétrica.
Trimestre
No acumulado de janeiro a março, a produção industrial do setor eletroeletrônico recuou 7,3% ante igual período de 2018. Esse comportamento foi resultado da queda de 13% na produção de bens eletrônicos e da retração de 1,2% da área elétrica.
No primeiro caso, verificou-se recuo na produção de todos os segmentos eletrônicos, com taxas que atingiram até 16,8%, como no caso de aparelhos de áudio e vídeo. Na área elétrica, cresceu apenas a produção de eletrodomésticos, a uma taxa de 5,5%.