Economia

Remédios pressionaram inflação de 0,57% em abril, diz levantamento do IBGE

Em abril, o índice ficou abaixo do que em março (0,75%), mas é o maior para meses de abril desde 2016, quando foi de 0,61%

Claudia Dianni
postado em 10/05/2019 10:01
remédiosA inflação de abril foi de 0,57%, de acordo com Índice de Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado hoje pela pelo IBGE. A maior pressão sobre os preços foi o reajuste anual dos remédios, que ocorre em março, e foi de 2,25%, mas reajustes de gasolina e passagens aéreas também tiveram influência. Em abril, o índice ficou abaixo do que em março (0,75%), mas é o maior para meses de abril desde 2016, quando foi de 0,61%. A variação acumulada no ano está em 2,09% e nos últimos 12 meses, em 4,94%.

A meta central de inflação do governo para 2019, que é de 4,25%. De acordo com o IBGE, esse é o maior índice para o período de 12 meses desde janeiro de 2017 (5,35%).

O reajuste dos remédios, que valeu a partir de 31 de março, atingiu todas as classes desses produtos, informou o IBGE com um teto de 4,33%. Com os aumentos nos itens higiene pessoal (2,76%) e plano de saúde (0,80%), o grupo Saúde e cuidados pessoais foi o que registrou a maior inflação do mês (1,51%).

Transportes foi o causa da segunda maior variação no IPCA (0,94%), principalmente devido ao aumento no preço da gasolina que ficou, em média, 2,66% mais cara, sendo o principal impacto individual no índice do mês. Também contribuíram a alta nos preços das passagens aéreas (5,32%) e dos ônibus urbanos (0,74%), reajustados em Goiânia, Salvador, Porto Alegre, Recife e Curitiba. Também influenciou o grupo, o reajuste de 27,30% dos trens, em Porto Alegre, e de 6,98% do metrô, no Rio de Janeiro.

Alimentos

Houve redução no preços dos alimentos de março para abril (de 1,37%) para 0,63%), quando houve queda nos preços do feijão-carioca (-9,09%) e das frutas (-0,71). Mesmo assim, ainda houve pressão de alguns produtos como tomate (28,64%), frango inteiro (3,32%) e cebola (8,62%).

Segundo o IBGE, saúde e cuidados pessoais foram as novidades que não estavam influenciando o índice nos últimos meses. Para o IBGE, em maio, a inflação será influenciada pelo aumento de 3,43% no preço do botijão nas refinarias, autorizado pela Petrobrás e em vigor desde o dia 5 e, também, pelo início da cobrança da bandeira amarela no consumo da energia elétrica, que acrescenta R$ 1,00 a cada 100 kW/h.

O objetivo do IPCA é medir a inflação de um conjunto de produtos e serviços comercializados no varejo, referentes ao consumo pessoal das famílias. As informações são coletadas em estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, concessionária de serviços públicos e internet, do dia 01 a 30 do mês de referência, nas seguintes regiões metropolitanas: Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia e Campo Grande.

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