postado em 22/05/2019 04:07
O clima mais ameno no cenário político brasileiro e o cenário externo positivo abaixaram o valor do dólar e fizeram a Bolsa de Valores de São Paulo (B3) subir de forma mais consistente ontem. O discurso mais alinhado do governo com o Congresso sobre a reforma da Previdência e a possível aprovação da Medida Provisória 870 (sobre mudanças nos ministérios) deixaram os investidores otimistas. O Ibovespa, principal índice da B3 encerrou o pregão em alta de 2,76%, aos 94.484 pontos; e o dólar, em queda de 1,39%, cotado a R$ 4,04.
Segundo Pablo Spyer, diretor operacional da corretora Mirae Asset, aparentemente os leilões do Banco Central supriram a forte demanda que havia pela divisa norte-americana, facilitando a queda. Para ele, o mercado ficou seguro, também, com a votação das medidas provisórias do governo. ;Isso ajudou o dólar a cair e diminuiu a aversão a risco que o Brasil estava tendo;, afirmou.
Para o professor de finanças da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Bolívar Godinho, no entanto, a terceira alta consecutiva da bolsa é uma reação técnica. ;Esse mês já estava com queda acumulada forte. São reações que mostram que o mercado não está com tendência bem definida;, analisou.
No exterior, os Estados Unidos aliviaram, temporariamente, as restrições comerciais à companhia chinesa Hauwei, para tentar amenizar problemas aos clientes. A decisão acalmou os investidores lá fora, repercutindo no bom humor do mercado nacional.
* Estagiária sob supervisão de Rozane Oliveira
- Aneel reajusta valor de bandeira tarifária
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou ontem o maior reajuste no valor das bandeiras tarifárias. A bandeira amarela, passou de R$ 1 para R$ 1,50 por 100KWh, o que representa um aumento de 50% na comparação com o praticado atualmente. Hoje, o Brasil opera exatamente com bandeira amarela, e nova decisão será anunciada no fim do mês. A reguladora também ajustou os preços da bandeira vermelha patamar 1, que passou de R$ 3 para R$ 4 por 100KWh, um aumento de 33%. Já o patamar 2 da bandeira vermelha foi elevado de R$ 5 para R$ 6 pelo mesmo consumo de referência, alta de 20%. O sistema de bandeiras foi adotado pela Aneel para indicar se haverá ou não acréscimo no valor da energia a ser repassada ao consumidor final.