postado em 30/05/2019 04:18
O dólar encerrou o dia abaixo de R$ 4, após 15 dias nesse patamar, e o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), fechou o pregão em alta de 0,18%, aos 96.566 pontos, refletindo o pacto firmado entre os três Poderes para aprovação das reformas e de outras pautas econômicas.
Ontem, a moeda norte-americana caiu 1,18% e foi negociada a R$ 3,97. Segundo Sidnei Nehme, diretor executivo da NGO Corretora, a mudança no panorama político desmontou o movimento especulativo no mercado de câmbio. ;Apostava-se no caos. Como o cenário mudou, tirou a sustentação do movimento. Agora o dólar vai cair mais;, disse.
Para Álvaro Bandeira, economista-chefe e sócio do Modal Mais, o movimento da queda da divisa dos Estados Unidos está muito forte para o momento político. ;Não há muitos motivos para o real se valorizar mais. O ambiente político melhorou, mas não para tudo isso;, opinou. Segundo ele, a tendência da moeda é cair enquanto o cenário melhora, porém não há tanto potencial de queda muito forte.
A aprovação da MP 870, que trata da reforma administrativa, reduziu as tensões entre o Executivo e o Legislativo e também ajudou a B3 a se descolar das demais bolsas mundiais. No dia, o Ibovespa alternou sinais desde o início do pregão, ora com influência negativa do exterior, ora com clima interno mais otimista. No Brasil, a agenda política foi mais escassa, mas manteve o investidor animado com os sinais de maior empenho do governo e dos congressistas em fazer avançar a reforma da Previdência.
;O dia foi bem negativo la fora, em meio a questões como desaceleração econômica, guerra comercial dos Estados Unidos com a China e preocupações com a Europa. Por aqui as notícias são boas, o que está fazendo a bolsa brasileira andar na contramão do mundo neste mês;, disse Felipe Bevilacqua, economista da Levante Ideias de Investimento.
* Estagiária sob supervisão de Rozane Oliveira