Economia

'Brasil fugiu de ser Venezuela, mas não de ser uma Argentina', diz Guedes

Segundo o ministro da Economia, de julho em diante a economia 'deve decolar'. Para isso, é preciso a aprovação de uma reforma da Previdência que economize R$ 1 trilhão em 10 anos.

Hamilton Ferrari
postado em 30/05/2019 12:05
Paulo GuedesO ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a eleição do presidente Jair Bolsonaro significa que o Brasil fugiu da possibilidade de virar uma Venezuela, mas não garantiu que o país se tornasse uma Argentina. As declarações foram dadas na manhã desta quinta-feira (30/5), na sede da pasta, em Brasília. Guedes comentava a queda de 0,2% no Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre.

;Estava estagnado;, afirmou. ;(O segundo semestre) Já deve começar a ser positivo. Porque nós estamos tendo o apoio do Congresso para recuperar R$ 1 trilhão;, acrescentou. Para ele, mesmo com a taxa de 1,1% em 2018 e em 2019, o país não estava crescendo.
;O governo (Mauricio) Macri (da Argentina) entrou e não fez as reformas com a profundidade necessária. Então, a inflação está acima de 30% e situação fiscal dramática. Com a nossa reforma da Previdência, nós temos 10, 15 ou 20 anos de clareamento. O Brasil não vira mais a Argentina. Pelo contrário, vai começar a crescer;, afirmou.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) n; 6, que trata da ;Nova Previdência;, prevê impacto fiscal nas contas públicas de R$ 1,2 trilhão em 10 anos. A intenção de Guedes é de que a economia seja de, pelo menos, R$ 1 trilhão em uma década. ;Nós estamos tendo apoio decisivo da classe política. E o Congresso, apoiando as reformas, vai fazer o Brasil retomar o crescimento econômico. De julho em diante, o Brasil começa a decolar;, afirmou.

Guedes disse que a atividade econômica pode ficar pior se a reforma da Previdência do governo não for aprovada. ;Nós estaríamos no caminho da Argentina ou até da Venezuela;, defendeu. ;O Brasil está sem seu horizonte fiscal. Faltou o equacionamento do problema fiscal. A reforma da Previdência estanca a sangria e corrige as contas públicas. Ao mesmo tempo, desobstrui os caminhos. O Brasil vai retomar o crescimento e vai crescer por 10 ou 15 anos;, argumentou.

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