Agência Estado
postado em 31/05/2019 11:18
Faltou trabalho para um montante recorde de 28,372 milhões de pessoas no País no trimestre encerrado em abril, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa composta de subutilização da força de trabalho aumentou de 24,2% no trimestre até janeiro para 24,9% no trimestre até abril.
O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial - pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar.
No trimestre até abril de 2018, a taxa de subutilização da força de trabalho estava mais baixa, em 24,5%.
Desalento
O Brasil registrou uma população recorde de 4,875 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em abril, de acordo com o IBGE.
O resultado significa 202 mil desalentados a mais em relação ao trimestre encerrado em janeiro. Em um ano, 199 mil pessoas a mais caíram no desalento.
A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade - e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.
Subocupados por insuficiência de horas
A taxa de subocupação por insuficiência de horas ficou em 7,6% no trimestre até abril, ante 7,3% no trimestre até janeiro, segundo o IBGE.
O indicador inclui as pessoas ocupadas com uma jornada inferior a 40 horas semanais que gostariam de trabalhar por um período maior. Em todo o Brasil, há um recorde de 6,996 milhões de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas.
Na passagem do trimestre até janeiro para o trimestre até abril, houve um aumento de 223 mil pessoas na população nessa condição. Em um ano, o País ganhou mais 745 mil pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas.