postado em 04/06/2019 04:24
O mês começou favorável no mercado financeiro, com o dólar em queda e a bolsa estável, com investidores otimistas com uma possível queda de juros nos Estados Unidos e com a aprovação da reforma da Previdência. Ontem, o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo (B3), fechou o dia aos 97.020 pontos, com queda de 0,01%, e a divisa norte-americana em queda de 0,96%, cotada a R$ 3,887.A afirmação do diretor da Federal Reserve de Sant Louis, James Bullard, de que um corte na taxa de juros dos EUA ocorrerá em breve, segundo Pablo Spyer, diretor da corretora Mirae Asset, cria boas expectativas para os países emergentes, principalmente para o Brasil. Ele explica que a queda levará investidores a buscar outros mercados. ;Eles estão menos propensos a investir em título de renda fixa nos Estados Unidos e devem procurar outros lugares;, explicou.
Para Spyer, o Brasil se beneficia do cenário externo de guerra fiscal dos EUA com o México e de guerra comercial dos EUA com a China para vender commodities e outros produtos. ;O aumento da probabilidade de corte de juros, somado ao bom humor de possível aprovação da reforma da Previdência, faz a bolsa não afundar;, destacou.
Internamente, a expectativa em relação à aprovação da reforma da Previdência anima os investidores desde a semana passada. Para Renan Silva, economista da BlueMetrix Ativos, mesmo que otimista, o mercado ainda está cauteloso devido às reviravoltas. Para ele, o grande impulso à bolsa e ao dólar está relacionado à possibilidade de redução de juros. ;Continuamos em cenário hostil, com embargos políticos, e a situação fiscal ainda é grave, mas a possibilidade de redução de juros ajustou a bolsa;, destacou.
* Estagiárias sob supervisão de Rozane Oliveira