Economia

Guedes defende em comissão que é preciso desinchar a máquina pública

De acordo com o ministro da Economia, houve um crescimento acelerado de mão de obra no setor público

Hamilton Ferrari
postado em 04/06/2019 16:32
Paulo Guedes durante a Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse, durante visita à Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, que é preciso desinchar a máquina pública, inclusive de estados e municípios. Para ele, houve crescimento acelerado de mão de obra no setor público. As declarações foram dadas na tarde desta terça-feira (4/6) no plenário 2 do anexo II da Casa.

[SAIBAMAIS];Houve excesso de contratações e os salários subiram ferozmente. Vamos desacelerar essas contratações agora. Vamos informatizar;, destacou. ;40% dos funcionários públicos devem se aposentar nos próximos quatro ou cinco anos. Não precisa demitir. Basta desacelerar as entradas que esse excesso vai embora. Daqui a pouco desincha;, acrescentou.

Ele disse que, em vez de admitir ;militantes nossos;, ou seja, apoiadores do governo, o governo vai diminuir o número de pessoas para deixar a máquina mais eficiente, através de digitalização;, defendeu Guedes.

O ministro da Economia foi à comissão para defender a reforma da Previdência e a agenda econômica do governo. Para ele, após a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) n; 6, da ;Nova Previdência;, haverá entrada de investimentos no Brasil. Caso haja a mudança de regimes, de repartição para a capitalização, ele disse que isso possibilitará um choque de empregos na juventude.

Na prática, ele disse que haverá menos tributação para empresas na contratação de pessoas. ;É um crime contra as novas gerações deixá-los com esses encargos trabalhistas;, afirmou Guedes.

Convite

Ele citou que foi sondado pela ex-presidente Dilma Rousseff para assumir o Ministério da Fazenda, antigo Ministério da Economia. Na época, a ideia era substituir o ministro Joaquim Levy, que enfrentava resistências de dentro do governo. ;Disse para ela: temos que fazer uma reforma já;, afirmou, sobre a proposta de Previdência.

Ele destacou que conversou com a ex-presidente na maior franqueza para conseguir garantir o crescimento do país. ;Nunca estive com ela antes. Nunca estive com ela depois;, contextualizou. ;Não imaginei que ela fosse sofrer um impeachment;, destacou.

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