postado em 08/06/2019 04:05
Os preços dos alimentos prejudicaram bastante o orçamento dos consumidores até maio. Com impacto de 25% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), os custos no supermercado estavam em ascensão até que, no último mês, caíram 0,56%. Mesmo assim, a variação anual ainda puxa a inflação para cima. Enquanto o IPCA subiu 2,22% no acumulado de janeiro a maio, esses produtos tiveram elevação de 3,15%.
A aposentada Maria Auxiliadora Santana, 68 anos, tenta driblar a alta nos produtos de alimentação, mesmo com dificuldade. ;Costumo fazer compras sempre em determinados dias da semana que são melhores. Se eu puder e tiver tempo, sempre fico em busca dos melhores preços do mercado. Mas se é algo que eu gosto muito, eu geralmente não me importo e levo;, disse.
Entre os principais destaques, o tomate, após subir 28,64% em abril, caiu 15,08% em maio. O feijão-carioca acentuou a queda e tombou 13,04%. Por outro lado, o leite longa vida (2,37%) e a cenoura (15,74%) ficaram mais caros no mês passado. No último mês, quatro dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados mostraram deflação em maio (confira na arte).
Apesar disso, os preços relacionados à habitação subiram 0,98%. O gás de botijão teve alta de 1,35%, devido ao reajuste médio de 3,43%, autorizado pela Petrobras nas refinarias a partir de 5 de maio. Saúde e cuidados pessoais também foram vilões no mês, com alta de 0,59%. Os valores dos remédios avançaram 0,82%.
Segundo analistas, a inflação de junho deverá ficar entre 0,1% e 0,2%. A expectativa dos economistas é de que haja um tombo grande no IPCA calculado no acumulado de 12 meses. Atualmente, a taxa está em 4,66%, mas deve ir para algo próximo de 3,5%, já que o efeito da greve dos caminhoneiros, no ano passado, sairá da base de cálculo. Em junho de 2018, o índice deu um salto de 1,26% após a paralisação.