Economia

CB.Poder: Agenda do governo pode gerar 4,3 bi de empregos, diz secretário

Carlos da Costa, secretário especial de Produtividade e Emprego do Ministério da Economia, foi o entrevistado do programa desta terça-feira (11/6)

Gabriela Tunes*
postado em 11/06/2019 22:15
Carlos da Costa Secretário Especial de Produtividade e Emprego do Ministério da EconomiaEm entrevista ao CB.Poder desta terça-feira (11/6), o secretário especial de Produtividade e Emprego do Ministério da Economia, Carlos da Costa, afirmou que os projetos da agenda de proatividade do governo podem gerar cerca de 4,3 bilhões de empregos até o fim do mandato. A agenda faz parte dos planos do governo de aumentar a economia brasileira.

A economia brasileira está com baixo crescimento. Na última segunda-feira (10/06), economistas de instituições financeiras reduziram para 1,13% a expectativa do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Essa foi a 15 queda consecutiva do indicador. De acordo com Carlos da Costa, há dificuldades de retornar à economia devido ao modelo econômico adotado nas últimas duas décadas e o retorno virá com ajustes fiscais, como reforma da Previdência, privatizações e reforma do estado. ;Paralelamente uma reforma tributária para mudar o exagero de arrecadação e distorções que são geradas na economia, assim como pautas de reforma para o crescimento;, disse.

Essas pautas de crescimento econômico se baseiam em uma agenda de seis planos. Entre eles, há o Emprega Mais, um projeto que se iniciou nesta terça-feira (11/6) que visa tornar as políticas públicas de emprego mais próximas do cidadão. Além dele, o simplifica, um projeto de simplificação do ambiente de negócios para as empresas prosperarem sem dificuldade; o pró mercados, que visa resgatar o mercado brasilieiro, o pró infra, que visa melhorar a regulação de infraestruturas, e o Brasil 4.0, que pretende modernizar as empresas tecnologicamente, são alguns dos planos da agenda explicada pelo secretário.

Segundo Carlos da Costa, a agenda de aumento de proatividade trará mais emprego com a aprovação de leis que facilitem o bem estar da população, como a nova lei de saneamento básico que inviabiliza o investimento privado e a de licenciamento ambiental, que destrava investimentos e gera desenvolvimento econômico. De acordo com o secretário, construção e comércio são as atividades que mais geram emprego no país. ;Hoje o Brasil é o pior país do mundo em emissão de alvará de construção. Não é à toa que estamos com essas três prioridades;, destacou.
Todavia, o secretário explica que os projetos não dependem apenas do governo federal. De acordo com ele, o governo está fazendo mobilizações em todo país por emprego e produtividade. ;Já fizemos em Santa Catarina e vamos fazer no Paraná para que incorpore essa agenda aos municípios;, exemplificou. Além disso, o governo lançou o aplicativo Mobiliza Brasil, em que as empresas podem dizer quais são seus maiores desafios no país.

Até o fim do mandato, o governo pretende gerar cerca de 4,3 bilhões de empregos com a agenda. Segundo o secretário, eles vão ser proporcionalmente criados em pequenas e médias empresas. ;Acreditamos que elas têm espaço para se modernizarem;, afirmou.

Atualmente, as empresas de pequeno porte têm baixa produtividade no país, representando apenas 27% da produtividade média no país. De acordo com Carlos, o projeto Brasil Mais Produtivo pretende alcançar 300 mil empresas e dar um salto na produtividade. ;Serão empresas de construção e todas relacionadas à nova economia, como turismo, que aqui representa 2% do PIB, enquanto no resto do mundo chega a 10%;, explicou.

Questionado se o vazamento de mensagens do ministro da justiça Sérgio Moro a respeito da Lava Jato podem atrapalhar a pauta econômica, Carlos da Costa afirmou que a pauta política sempre interfere na econômica, mas que o governo continuará com diálogo e persistência sendo fiel aos princípios que o elegeu. ;A população escolheu uma agenda liberal e que processe mais mercados para que o Brasil fique competitivo. Não podemos cometer estelionato eleitoral e precisamos de muita coerência agora;, afirmou.

Sobre o legado liberal que a equipe econômica deixará, ele afirma que o governo está convicto de que medidas a favor da competição é o que o move. Para ele, a combinação do liberalismo com a democracia trará prosperidade que vai alimentar que o caminho do brasileiro. ;O brasileiro sempre foi empreendedor, sonhador e com muita emoção, que é o que está na origem desse novo mundo;, finalizou.
* Estagiária sob supervisão de Roberto Fonseca
Confira a entrevista na íntegra:
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