Jornal Correio Braziliense

Economia

Bolsas de NY fecham em alta após ataques a navios petroleiros no Golfo de Omã

Os mercados acionários nova-iorquinos fecharam em alta nesta quinta-feira, 13, com os setores industrial e de energia fortalecidos após os ataques a navios petroleiros no Golfo do Omã. O Dow Jones fechou em alta de 0,39%, aos 26.106,77. Já o S 500 subiu 0,41%, para 2.891,64 pontos, e o Nasdaq, 0,57%, aos 7.837,13 pontos. Um ataque a dois navios que transportavam petróleo no Golfo de Omã fortaleceu as cotações da commodity, com temores em relação à oferta. Os avanços nos contratos foram pontualmente acelerados ao fim do pregão, em meio à coletiva do secretário de Estado americano, Mike Pompeo. Ele afirmou que o Irã está envolvido no suposto ataque às embarcações, acrescentando que o país não deveria colocar em risco a vida de civis inocentes em resposta às sanções econômicas dos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, no Twitter, o presidente americano, Donald Trump, afirmou ser "muito cedo" para um acordo com o Irã, que nega a autoria dos supostos ataques aos navios. Frente a isso, o petróleo subiu e as ações de companhias de energia, também: a Chevron avançou 0,60%, e a ExxonMobil, +0,88%. O subíndice de energia teve alta de 1,25%. O noticiário em relação ao país persa também teve influência nas ações do Twitter, que recuaram 3,07% em Nova York nesta quinta-feira. Isso porque a rede social deletou quase 4,8 mil contas com suspeita de ligação à agenda de governo do Irã. Segundo a empresa, a medida foi tomada para evitar interferência eleitoral. Nesta quinta, a Disney subiu 4,44%, após analistas da Morgan Stanley aumentarem a meta de preço das ações da empresa de US$ 135 para US$ 160. Pesou na nova avaliação o Disney +, serviço de streaming da companhia de entretenimento que deve ser lançado em 12 de novembro. De acordo com o analista do Morgan Stanley Benjamin Swinburne, a novidade deve trazer 130 milhões de assinantes globais para a empresa até 2024. Em relação a eventuais reflexos sobre possíveis cortes nas taxas de juros americanas - esperadas ainda neste ano pelo mercado -, a corretora LPL Financial espera que não haja grandes impactos, contrariando experiências passadas. "Um corte na taxa ao longo dos próximos meses pode não ser tão preocupante quanto muitos acreditam ser", diz o relatório.