Economia

Dados do BC mostram que atividade econômica segue em retração no 2º trimestre

No primeiro trimestre, recuo foi de 0,78%. Já em abril, queda girou em torno de 0,47%

Agência Estado
postado em 14/06/2019 12:09
No primeiro trimestre, recuo foi de 0,78%. Já em abril, queda girou em torno de 0,47% Os dados do Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br), divulgados na manhã desta sexta-feira (14/6), mostram que a retração da atividade econômica continua no segundo trimestre do ano. Após ter recuado 0,78% no primeiro trimestre (dado revisado), o IBC-Br teve queda de 0,47% em abril. Os dados já estão ajustados sazonalmente.

[SAIBAMAIS] Conhecido como uma espécie de "prévia do BC para o PIB", o IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.

A previsão oficial do BC para o PIB em 2019 é de avanço de 2,0%, mas o índice tende a ser revisado no fim do mês, quando a instituição divulgará o Relatório Trimestral de Inflação.

No boletim Focus, que compila as projeções do mercado financeiro, a projeção mediana para o PIB em 2019 já está em apenas 1,00%. No entanto, o sistema do Focus indica que já existe pelo menos uma instituição financeira que projeta um PIB de apenas 0,51%.

De janeiro a março deste ano, o dado oficial do PIB, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou retração de 0,2% na economia.

Estes dados negativos coincidem com o período de governo do presidente Jair Bolsonaro. Com a reforma da Previdência ainda pendente no Congresso, o que inviabiliza o ajuste das contas públicas, a economia brasileira não demonstra reação mais forte.

Os dados do BC também mostraram que em abril a atividade econômica recuou 0,62% em relação ao mesmo mês do ano passado, na série sem ajustes sazonais. Na prática, o nível de atividade está menor agora.

Chama atenção ainda o fato de que os indicadores de tendência estarem ruins. A média móvel trimestral do IBC-Br, bastante observada pelo mercado, teve baixa de 0,60% em abril, na série com ajuste sazonal. Em março, o indicador já havia registrado baixa de 0,52%.

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