Economia

IBC-Br reforça possível recessão

postado em 15/06/2019 04:21

A queda de 0,47% no Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) de abril acendeu um alerta no governo. Após a economia ter caído 0,2% no primeiro trimestre do ano, há riscos de que o Brasil entre em recessão técnica. Isso ocorre quando há dois resultados no vermelho em sequência. Segundo analistas, o segundo trimestre do ano também pode ser negativo.

A estimativa dos economistas é de que o Produto Interno Bruto (PIB) do período fique perto da estabilidade, em 0,2% ou menos. Se ficar abaixo de zero, o país voltará para o estágio recessivo. O economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Fábio Bentes, ressaltou que o segundo trimestre não começou bem.

;Tivemos essa queda no IBC-Br de abril. Também começou com queda no comércio. A alta no mês para o setor de serviços não anima nada, porque não compensa a queda de março, por exemplo. E isso tudo acompanha o dado de um mercado de trabalho fraco, que tem recuperação fraca e lenta;, opinou.

O economista Flavio Serrano, do Banco Haitong, explicou que a recessão técnica não significa uma crise profunda, já que demonstra mais uma estagnação da economia. ;O que me preocupa é o PIB ter crescimento de 0,1% no quarto trimestre de 2018, cair 0,2% no primeiro de 2019 e também ficar próximo de zero no próximo. Demonstra que não temos condições efetivas de ter recuperação mais forte;, destacou.

Serrano enfatizou também que o governo federal terá um grande desafio após a aprovação da reforma da Previdência, que deve ocorrer, segundo ele, entre setembro e outubro no Congresso. ;É ilusão imaginar que todos os problemas acabaram após a aprovação da reforma e que a economia vai crescer de forma pujante. Os nossos problemas são sérios, profundos, estruturais e conjunturais. Teremos que passar por um processo de tentar ganhar competitividade e segurança jurídica, por exemplo, além de outras reformas, como a tributária e os microeconômicas;, defendeu. (HF)

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