Economia

Pela segunda vez, CPI do BNDES não consegue ouvir Palocci

O ex-ministro da Fazenda dos governos petistas fechou acordo com o Ministério Público do Distrito Federal neste ano, onde delatou fraudes em fundos de pensão ligados a empresas e bancos estatais

Agência Estado
postado em 19/06/2019 12:17
O ex-ministro da Fazenda dos governos petistas fechou acordo com o Ministério Público do Distrito Federal neste ano, onde delatou fraudes em fundos de pensão ligados a empresas e bancos estatais A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do BNDES não conseguiu ouvir novamente o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, que atuou durante governos petistas. A defesa alegou que, sem a autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, o ex-ministro continuaria em silêncio.

[SAIBAMAIS] Não era a primeira vez que Palocci falaria à CPI. Em maio, o ex-ministro petista, preso e condenado na Operação Lava-Jato, seguiu a orientação da Procuradoria-Geral da República (PGR), com quem negocia novos acordos de colaboração, e se calou.

Os advogados do ex-ministro chegaram a entrar com um pedido de habeas corpus no STF pedindo a liberação do petista da sessão desta quarta-feira (19/6) na CPI. Fachin manteve a obrigação do ex-ministro ir, mas o autorizou a ficar em silêncio sem prejuízo a sua defesa.

Desta vez, os defensores entraram com um pedido para saber se e o que o ministro poderia se pronunciar, mas até o início da sessão desta manhã, o ministro não havia se pronunciado. Alegando a dúvida, os advogados de Palocci pediram a transferência da oitiva.

Preso em setembro de 2016, o ex-ministro fechou delação com o Ministério Público do Distrito Federal no início do ano. No acordo, ele delatou fraudes praticadas em fundos de pensão ligados a empresas e bancos estatais, alvo da Operação Greenfield, deflagrada em 2016.

Além desse acordo, o ex-ministro tem outros dois acordos assinados pelo ex-ministro, o primeiro em abril e o segundo em outubro, foram negociados com a Polícia Federal de Curitiba e de Brasília, respectivamente.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação