Economia

Recuo das taxas é tendência

postado em 20/06/2019 04:16

O cenário externo favorável para os emergentes abre espaço para que o Banco Central (BC) retome o processo de redução dos juros. As autoridades monetárias mundiais também discutem um possível afrouxamento monetário diante das expectativas menos favoráveis para a atividade econômica mundial. Ontem, foi a vez do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) sinalizar uma possível diminuição da taxa.

Na prática, a diminuição em países desenvolvidos é positiva para os emergentes, como o Brasil, pois abre espaço para que investidores menos avessos a risco procurem por taxas mais atraentes em nações menos consolidadas economicamente. Na reunião de ontem, os EUA decidiram manter os juros entre 2,25% e 2,5%, mas, em coletiva de imprensa, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que foi discutida uma redução dos juros.

O mercado reagiu bem ao discurso, que poderá levar ao afrouxamento monetário nos próximos meses. O Banco Central Europeu (BCE) também indicou que um possível corte da taxa está no radar, caso a inflação na região continue baixa e a atividade econômica aquém do esperado.

De acordo com Flávio Serrano, economista da Haitong, houve divisão entre os membros do Fed sobre decisão de corte da taxa de juros, o que dá indício de que pode haver redução ao longo do ano. ;A economia mundial está crescendo em ritmo moderado, mas o nível de incerteza do cenário econômico aumentou, então, hoje eles mantiveram a taxa;, explicou. O mercado ainda acompanha os desdobramentos da guerra comercial entre os Estados Unidos e China. (HF e GT)

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