postado em 20/06/2019 04:16
A AFBNDES, associação que representa os funcionários do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), receberá o futuro presidente da instituição de fomento, Gustavo Montezano, ;aberta ao diálogo;, mas com preocupações em relação aos objetivos de abrir a suposta ;caixa-preta; e de devolver empréstimos à União de forma acelerada. A avaliação é do vice-presidente da AFBNDES, Arthur Koblitz, que participou de ato contra a retirada da destinação dos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) como fonte de financiamento do BNDES.
Hoje, 40% da receita anual do FAT são emprestados ao BNDES. A ideia de mudar a destinação do fundo está no relatório da proposta de emenda constitucional (PEC) da reforma da Previdência. O relator do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) quer direcionar os recursos para pagar pensões e aposentadorias. Segundo Koblitz, o ato estava marcado desde antes da demissão de Levy (Joaquim, ex-presidente do banco que pediu demissão domingo, depois de críticas do presidente Jair Bolsonaro).
Na visão da AFBNDES, o banco já divulga todas as informações possíveis em seu site e os servidores de carreira não se envolveram em irregularidades, mesmo nas operações polêmicas aprovadas nos governos do PT. ;O que quer dizer abrir a ;caixa-preta;? Faltam dados? O site precisa ser mais didático? Especialistas dizem que não. Querem nomes e CPFs? Fazer perseguição?;, questionou.
Sobre as devoluções antecipadas dos aportes bilionários feitos pelo Tesouro Nacional no BNDES entre 2008 e 2014, o vice-presidente da AFBNDES disse que o temor está no fato de haver interpretações que consideram a medida como ilegal perante a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).